“E aí, Chico!? Só vai!?
Eu tinha a liberdade de cumprimentá-lo assim.
A resposta era naquela camaradagem do mestre: “Tem que ir né!? Tudo certo meu!!

Milioli concedeu uma entrevista à rádio Som Maior recentemente, e foi a última vez que nos cruzamos. Putz, ele estava bem. Forte. Lúcido. Perspicaz. Irônico. Alegre. Se eu for adjetivar aqui, vou até amanhã. Eu o cumprimentei e chorei. Desabei. Não vou cometer aqui a heresia de dizer que talvez sentisse que era a última vez que o viria, pq o choro não tinha nada a ver com isso. Mas foi justamente a última vez que o vi. O Chico me fez lembrar meu pai. Aprendi a ser forte, pq a vida nos dá só essa opção, mas aquela conversa rápida me tocou. Acho que chorei duas horas sem parar. Foi um grande companheiro de jornada de meu pai. Mas que bom que o Chico soube em vida o quanto eu o admirava. Ele era um fenômeno. Tive o prazer de trabalhar com ele. Posso dizer que fui colega dele por cinco anos, contando as passagens nas rádios Difusora e Eldorado. Aprendi demais.

O futebol catarinense deve muito ao Milioli, especialmente o Tigre e o Avaí da década de 80.

O velho Chico lutou pela vida, mas hoje o time de radialistas lá do céu o convocou. Foi uma ordem. Acho que Deus pensou assim: como as coisas estão aí, não tá legal meu amigo. Vem pra cá descansar.

Um bjo na família.

Força, força e força!!

Meus sinceros sentimentos!