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Morre Zé Carlos, o primeiro técnico campeão no Tigre

Por Denis Luciano 12/06/2018 - 12:22 Atualizado em 12/06/2018 - 12:24

Em 1985 o Criciúma fez um fraco Campeonato Catarinense. Foi ao Hexagonal do Descenso. Lutou contra o rebaixamento. O Próspera chegou entre os seis naquele Estadual e o Tigre não. O desempenho, claro, gerou fortes mudanças no clube. Chegou Milioli Neto para dirigir o futebol e muita gente saiu. Com Milioli, veio uma nova aposta para treinador: José Carlos Bernardo, o Zé Carlos. Ele veio, deu conta do recado e conduziu o Criciúma à conquista do seu primeiro Campeonato Catarinense em 1986.

Zé Carlos morreu na manhã desta terça-feira aos 73 anos em Belo Horizonte, onde vivia e lutava contra as sequelas de um acidente vascular cerebral isquêmico. Enquanto jogador, fez história no Cruzeiro, conquistando a Taça Brasil em 1966 e a Taça Libertadores da América em 76. Foi vice-campeão brasileiro em 75 e 76. Como volante, jogou ao lado de grandes atletas como Tostão, Piazza e Dirceu Lopes. Sagrou-se ainda campeão brasileiro em 78 pelo Guarani de Campinas. Até 2015 ele havia sido o atleta com mais jogos pelo Cruzeiro: 619 entre 1965 e 77, mas foi superado pelo goleiro Fábio. 

Homenagem do Cruzeiro ao seu ídolo Zé Carlos / Reprodução / Twitter

No Criciúma, Zé Carlos foi técnico em 133 partidas, com 64 vitórias, 36 empates e 33 derrotas, aproveitamento de 57,1%.  Estreou no Tigre em 1º de fevereiro de 86, em um empate com o Brasil em Pelotas por 1 a 1. O primeiro time escalado por Zé Carlos no Criciúma teve Evelton, Chiquinho (Jorge Luiz), Sílvio Laguna, Solis e Itá, Alceu, Carlos Alberto, Vanderlei (Treze) e Paulo Borges, Edemílson e Guinga (Jairo). Guinga fez o gol tricolor.

A estreia oficial de Zé Carlos como técnico do Criciúma se deu em 16 de fevereiro de 86, uma derrota por 2 a 0 para o Internacional em Lages pelo Campeonato Catarinense. Foi ganhar a primeira na terceira rodada daquele Estadual, 2 a 0 sobre o Próspera no Mário Balsini. Depois, fez grande campanha ganhando os quatro turnos e garantindo a taça estadual com ampla vantagem sobre o Joinville e os demais rivais. Aquele Catarinense o Criciúma e Zé Carlos ganharam com 62% de aproveitamento.

Ele deixou o Criciúma no final de 88. Seu último jogo foi em 6 de novembro, no Morumbi, uma derrota para o São Paulo por 1 a 0. O time cumpria fraca campanha na Copa União. A última vitória dele no Criciúma foi, curiosamente, contra o Atlético Mineiro (o grande rival da carreira de Zé como jogador nos anos 60 e 70), 1 a 0 em Belo Horizonte, no Mineirão, com gol de Adilson Heleno.

O Criciúma decretou luto oficial por três dias e a bandeira do clube está hasteada a meio pau no estádio Heriberto Hülse.

(Colaboração: Meu Time na Rede)

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