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Argel: Mais derrotas que vitórias, mas mantido no cargo

Por Denis Luciano 01/05/2018 - 21:35 Atualizado em 01/05/2018 - 21:41

Dizer que o sujeito está prestigiado nem sempre é bom presságio no futebol. E esse termo não foi utilizado desta vez. O Criciúma, pelo seu diretor executivo de futebol Nei Pandolfo, assegura que nada mudará na comissão técnica, mesmo com a quarta derrota em quatro jogos na Série B. "Nada muda na comissão técnica", reforçou o dirigente, visivelmente constrangido com a falta do que anunciar após os 3 a 1 tomados perante ao CSA no Majestoso nesta terça. Abaixo, o bate papo da reportagem com Pandolfo.

Argel quer reforços. Não é de hoje que ele diz isso após cada jogo. Mas, curiosa e até estranhamente, desta vez ele não reivindicou. Chegou a elogiar Eduardo, dizendo que ele "pode ser o segundo volante que precisamos", e demonstrou conformismo ao afirmar que "vamos com esses jogadores, é com eles que teremos que sair dessa situação". O técnico parece estar mudando sua estratégia. Se pedir publicamente não adianta, o negócio é lamentar e, claro, trabalhar.

A nada mole vida de Argel / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

O Criciúma não demite Argel por falta de alternativas e, claro, pela enorme confiança que a diretoria depositou no treinador. A situação, por resultados, é obviamente insustentável, mas Argel se mantém pois os reforços que vieram foram todos, sem exceção, por força e pressão e aval dele. E se o Tigre tem dificuldades para achar reforços até em times e mercados médios e de menor porte, imagine trazer um treinador a essa altura.

Pela identidade, pelo histórico e perfil, Argel continua sendo o bombeiro necessário. Por essas e outras que a minha pergunta na coletiva com ele, após o revés lastimável diante do CSA, foi "se ele tem forças para tirar algo mais desse time". Ele tangenciou, ao seu melhor estilo, e continuou absorvendo a responsabilidade que os jogadores tratavam, até antes dessa partida, de assumir.

Zé "reclamão" Carlos

Zé encrencou o jogo inteiro / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

"É muita fumaça para pouco fogo". A frase disparada pelo João Nassif no primeiro tempo contra o CSA, quando o placar ainda marcava 0 a 0, define esse Criciúma que sai de campo com 64% de posse de bola, com seis arremates a gol, números superiores ao adversário, e perde. É a "posse enganosa", como o próprio Argel definiu. 

E sobre fumaça demais e fogo de menos, Zé Carlos teve uma tarde para esquecer. Reclamou do início ao fim e quando teve a chance para exercer seu papel, perdeu um gol feito em cruzamento de Alex Maranhão, no primeiro tempo, quando o ligado Cajuru, goleiro alagoano, estava vencido. 

Zé começou o jogo reclamando. Aos 4, deu um puxão de orelhas em João Paulo. Aos 12 minutos, em Nicolas. Aos 18, de novo nos mesmos dois. Em todos, achava que era para ele que a bola devia ir. E quando teve a oportunidade, aos 40, estapeou-se repetidas vezes. Contei ao menos meia dúzia de tapas de Zé contra a própria cabeça após perder um gol feito. Depois, tomou um amarelo aos 4 do segundo por reclamação, saiu aos 16 e aos 41, do banco, foi expulso por reclamar mais. Para colocar a cereja no bolo, ficou um minuto pós expulsão na boca do túnel e, ao ouvir xingamentos de torcedores, virou-se para a arquibancada e retrucou. Erro atrás de erro. Foi salvo, arrastado para o vestiário, pelo auxiliar Galego.

Argel deu o recado na coletiva, avisando que "é hora de reclamar menos, de gesticular menos, de trabalhar mais". 

Rara exceção, João Paulo foi o craque na Som Maior / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

Sem Zé, sem Marlon e com os nervos à flor da pele, Argel e o Guarani vão a Campinas na próxima terça-feira precisando colocar ordem na casa e trazer pontos. O treinador chegou a 13 jogos nesse seu retorno ao Criciúma, perdeu a sexta, tem cinco vitórias. Vaias dos 2,5 mil presentes sob chuva no Majestoso totalmente justas.

Natan entrou no lugar de Sueliton, e não rendeu / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

 

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