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Argel ganha força. Diretoria vai cobrar jogadores

Por Denis Luciano 02/05/2018 - 09:05 Atualizado em 02/05/2018 - 09:06

Final de jogo ontem. O Criciúma tomou 3 a 1 do CSA em pleno Heriberto Hülse. As vaias ecoaram, os jogadores se calaram. Argel Fucks e Nei Pandolfo foram os porta-vozes da difícil jornada. Antes, ao se deparar com os atletas no vestiário, o treinador pediu a palavra. Falou forte. Com todos. Do goleiro ao atacante. Do titular ao reserva. Mais cobrança dos titulares, claro. Zé Carlos reagiu. Bate boca? Garantem algumas testemunhas que não, mas sim circunstância de jogo. Vozes exaltadas? Com certeza. Argel cobrou de Zé sobre o destempero, a falta de equilíbrio, as cobranças excessivas dentro de campo, a expulsão fora dele e até o entrevero com torcedores após ter tomado o cartão vermelho. O cara tido como "a esperança de gols" antes de a bola rolar "parece que quis se mostrar para os alagoanos rivais do CRB", como bem definiu um observador interno atento das coisas do Tigre.

Denis Luciano / 4oito

A liderança de Argel está preservada. A diretoria entende que o trabalho dele é bom, embora alguns ponderem os excessos ofensivos com o esquema que segue sendo proposto. Mas administrar isso faz parte da autonomia que o Criciúma confere. E o clube reconhece, ainda, que faltam jogadores, faltam reforços. Mas os nomes que estão pintando como possíveis contratações esbarram na natural dificuldade financeira. "Salário de 60, 70 mil a gente não paga", insistem os dirigentes. É um fio de navalha. Para manter a saúde financeira - e o Criciúma pagou os salários na última folha dois dias antes do vencimento, era para receberem na sexta e o dinheiro estava quarta nas contas - é preciso manter sob controle os gastos. 

Alex Maranhão teve chance ontem / Foto: Denis Luciano / 4oito

Hoje tem reunião. O departamento de futebol será cobrado. Se quer mais ação do diretor executivo Nei Pandolfo. E se quer mais empenho dos jogadores. Há episódios em que os atletas poderiam se redobrar um pouco mais, entendem dirigentes. E isso será levado pelo presidente Jaime Dal Farra e pelo superintendente Róbson Izidro à comissão e ao diretor de futebol. É preciso tirar um pouco mais desse elenco, o recado está claro, e Argel tanto entendeu que bateu nessa tecla ontem, de que "vamos com esses jogadores mesmo".

Outra especulação das últimas horas: de que Argel teria "perdido" o grupo por uma cobrança mais forte a Sueliton no vestiário em Curitiba, depois da derrota para o Coritiba. O indício disso teria sido reforçado com os elogios a Natan e a troca da titularidade, e ganhou outros contornos com a morte da mãe do lateral ontem, no fato que culminou com a sua licença para não estar no banco diante do CSA. A tal discussão em Curitiba é negada enfaticamente, e Argel teria sim feito a cobrança respaldada pela direção, sem particularizar. O tempo dirá se Argel perdeu mesmo o grupo ou não.

Conclusão: o Criciúma se fecha, se cobra mais internamente, reforça a autoridade de Argel e puxa a orelha dos jogadores e do departamento de futebol em busca de trabalho, empenho e resultados. O clube entende que está dando todas as condições de trabalho. A primeira resposta dessa blitz interna de reanimação vamos saber na terça que vem em Campinas. Até lá, muito trabalho e pouco verbo, já adiantou o treinador.

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