A eleição de 2024 colocou Jorginho Mello e Clésio Salvaro em lados opostos da "rua".
No passado, foram deputados estaduais do PSDB, amigos pessoais, e parceiros de projetos políticos.
Hoje, são adversários renhidos, sem perspectiva nenhuma de recomposição.
Quando foi preso em 3 de setembro de 2024, Salvaro responsabilizou Jorginho. Disse que o Governador mandou prendê-lo para tentar ganhar a eleição.
Jorginho rechaçou, desafiou que fosse apresentada alguma ligação ou indicio dele com o assunto, e isso determinou o rompimento pessoal e politico entre eles.
Depois da eleição, políticos com trânsito entre os dois, tentaram que o Governador recebesse o ainda prefeito. Ouviram que "só depois de ele pedir desculpas publicamente".
Na eleição, Clesio apoiou Vaguinho, prefeito eleito, e Jorginho apoiou Ricardo Guidi.
Empossado prefeito, prefeito Vaguinho e governador Jorginho estabeleceram uma boa relação, institucional.
Governador foi recebido pelo prefeito na Prefeitura, no seu gabinete. No discurso, "alfinetou" Clésio, elogiou Vaguinho e garantiu "portas abertas" do Governo.
A partir de então, sempre que o Governador ve a Criciúma Vaguinho o recebe, e tiveram dezenas de reuniões tratando de questões administrativas, projetos e liberações para a cidade.
Enquanto isso, na Câmara de Vereadores de Criciúma, a bancada do PL, partido do Governador, faz oposição ao prefeito.
Faz poucos dias, os "vereadores do Governador" se reuniram com Clesio Salvaro, que está "afastado" de Vaguinho e é hoje o "inimigo número um" do Governador na cidade.
Na reunião, boa parte do tempo foi para críticas ao Prefeito Vaguinho.
Diante disso, perguntar é preciso e inevitável: "vereadores do PL de Criciúma e Governador estão com as conversas em dia?".