Foi aprovado por unanimidade na noite desta terça-feira, na sessão da Câmara de Vereadores, o projeto de lei encaminhado pelo prefeito Vaguinho (PSD) que institui o programa de internação voluntária.
O projeto foi votado sem passar pela análise das comissões técnicas, como havia solicitado prefeito aos vereadores, que alegou urgência para tomada de medidas.
Na segunda-feira, quatro vereadores do PL impediram que o projeto fosse votado naquela sessão, pedindo mais tempo de discussão e possibilidade de apresentar emendas. Mas, no debate, e depois da sessão, foram acusados por vereadores da base do governo municipal de "facilitar" a vida de traficantes e usuários.
Durante toda a terça feira, foram feitas muitas conversas de bastidores para garantir a aprovação do projeto.
Na sessão, os vereadores do PL, Obadias Benones, Luiz Fontana e Joares de Jesus, foram à tribuna para se defender, rechaçar acusação de "apoiar viciados e estupradores" e anunciar que são favoráveis ao projeto.
O vereador Daniel Formentin (PSD) admitiu na tribuna que se excedeu nas acusações e pediu desculpas.
O ambiente ficou tenso quando o vereador Marcos Machado (MDB) fez discurso com críticas duras aos vereadores da oposição e desafiou que votassem contra o projeto.
O vereador Obadias disse em aparte que ele estava distorcendo fatos e "jogando para a torcida".
O vereador Nicola Martins foi o último a falar, com criticas a condução do processo pelo governo e disse que o prefeito Vaguinho, na segunda-feira, na Câmara, chamou um servidor público de "vagabundo".
Depois disso, o projeto foi votado e aprovado por unanimidade.