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Rodovia dos Trilhos, sem esquecer da Paulino Búrigo

Por Adelor Lessa 18/06/2020 - 07:40 Atualizado em 18/06/2020 - 07:41

No meio de uma conversa ontem, em Florianópolis, com o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia, e com o secretário da Casa Civil do Governo do Estado, Amândio da Silva Júnior, o prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon vaticinou: em menos de dez anos, Içara em menos de dez anos ultrapassará Tubarão, pois terá a segunda maior arrecadação do Sul. Projeção otimista, ousada.

O Amândio, que é de Rio do Sul, ficou surpreso, se interessou, perguntou a população das cidades, Tubarão tem o dobro e Içara vai crescer mais.

As conversas se encaminharam, detalhes daqui, detalhes dali, como disse, uma projeção ousada mas que tem a ver com as circunstâncias de hoje na região, especialmente o ambiente de visível crescimento e desenvolvimento em Içara.

A conversa dos três era rescaldo da reunião de minutos antes quando discutiram possibilidades e deixaram bem encaminhada solução para a obra da Rodovia dos Trilhos, que será o novo acesso pavimentado de Içara para a BR-101 pelo lado norte. Será um novo vetor de desenvolvimento.

A obra prevê um investimento de algo em torno de R$ 9 milhões, e o recurso deverá ser repassado pelo Estado à prefeitura, da parte que a Alesc vai devolver ao Estado como sobra da sua receita, do repasse que tem mensalmente a Alesc. Documentos devem ser assinados nos próximos dias, ainda no mês de junho.

Sem dúvida, uma obra muito importante para Içara. Que vai fomentar o desenvolvimento, vai dar viabilidade, mobilidade e logística para o novo distrito industrial implantado naquela região do município.

Mas, continua mesmo assim sendo necessário, urgente, imprescindível, inadiável modernizar, ampliar e restaurar a Rodovia Paulino Búrigo, que é o corredor de hoje da economia de Içara e região. E as coisas não são excludentes, não podem ser. O novo acesso não vai substituir a Paulino Búrigo, seria trocar de endereço o problema de hoje de uma rodovia trancada, que é a situação da Paulino Búrigo.

E se fosse assim, como ficariam os negócios implantados na Paulino Búrigo? Implantados por empresários que acreditaram na capacidade da cidade de resolver os seus problemas estruturais.

Não é um ou outro, nem um pelo outro. Não é Rota dos Trilhos e esquece Paulino Búrigo. Não, o novo caminho projeta para novas áreas de crescimento e desenvolvimento. É mais, é conta de somar. O caminho atual atende quem já está instalado, e operando, e gerando receita. E que tem que ter boas condições de logística, mobilidade. Mas o caminho atual está esgotado, os veículos têm que parar, pelo congestionamento. E ali está hoje a maior força do PIB do município. É para ali que estão indo novos e grandes negócios, e outros que estão projetados. E ali está grande parte da produção da região. E a rodovia está como estava há 30 anos.

Não adianta criar caminhos novos e não atualizar a infraestrutura que hoje atende quem já está operando. Isso pode ser trocar seis por meia dúzia. O interesse maior no desenvolvimento da cidade não pode ser sufocado pelo ego, ego de ter sido o pai, criador de obra nova, caminho novo, de ter nome na placa. O interesse da cidade deve estar acima disso tudo.

Pense nisso, e vamos em frente!

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