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Placa ofensiva

No editorial desta terça-feira (2), Adelor Lessa fala sobre as placas preferenciais para quem tem mais de 60 anos
Por Adelor Lessa 02/08/2022 - 07:57 Atualizado em 02/08/2022 - 12:01

Você vai no supermercado, ou no shopping, ou no parque e, lá no estacionamento, está aquela placa, ou pintura no chão, indicando espaço preferencial para quem tem mais de 60 anos.  

Um velhinho, arcado, de bengala, mão nas costas - na altura na cintura -, como se protegendo de dor lombar ou coisa parecida. 

Cá entre nós, indicação desrespeitosa.

Não é coisa nova, não passou a ser usada agora. Mas, já deveria ter sido substituída.

Afinal, nem todas as pessoas acima de 60 anos são velhinhos, arcados, de bengala e com dores pelo corpo.

E se forem, não é assim que devem ser identificados.

Devem ser identificados apenas por mais de 60 anos.

Eu tenho mais de 60 anos, não uso bengala, não sou arcado e não ando com as mãos nas costas por dores pelo corpo.

O seu Antônio Zanette, que faleceu semana passada, veio aqui dar entrevista em dezembro, quando fez 101 anos, e não usava bengala, não andava arcado e nem aceitava que o apoiassem para caminhar.

Porque não precisava.

Porque nem todos que tem mais de 60 anos precisam.

Hoje em dia, as pessoas com mais de 60 se cuidam mais, praticam alguma atividade física, vão pra academia, jogam beach tennis, são acompanhados por médicos e vivem mais. 

Aquele imagem, então, está cada vez mais inadequada. Além de desrespeitosa, porque é pejorativa. 

Numa pesquisa rápida a respeito, anotei propostas em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas pelo país afora para mudar isso. 

A cidade pode sair na frente. Tornar lei a troca daquela placa indicativa.

Porque não tornar lei o uso apenas da indicação 60 +, ou + de 60?

A mudança pode começar pelos espaços públicos e, com o tempo, passar a identificar locais como áreas reservadas para estacionamentos, assentos e caixas prioritários de estabelecimentos comerciais.

Ouça o editorial completo:

 

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