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Governador "esquece" Douglas e fala em "pequena crise"

Por Adelor Lessa 14/05/2020 - 07:12 Atualizado em 14/05/2020 - 17:54

Compreensível que o governador Carlos Moisés esteja abalado,  e indignado, com tudo o que está revelado, porque se trata do seu governo.

Não há nenhum indício que aponte para o seu envolvimento pessoal em nenhuma das falcatruas desnudadas, ele é um homem sério, o Ministério Público diz isso textualmente, mas o seu nome acaba inevitavelmente ligado aos fatos, indiretamente, porque é o seu governo e tem pessoas do seu time, inclusive muito próximas dele, que estão entre os investigados, acusados e denunciados.

Por isso, compreensível (e necessária) a indignação do Governador.

Mas,  ele reagiu ontem, na entrevista coletiva, apenas em relação aos agentes de fora do governo. Aqueles que deram o golpe e os críticos.

Deveria se mostrar mais indignado (e decepcionado) com os "da casa".  Que abusaram da sua confiança e usaram do poder por ele concedido para praticar o indevido.

A força tarefa apurou (e anunciou) que o núcleo político da organização que fraudou o estado era o seu principal secretário, considerado o primeiro ministro do governo.

E ele nada disse a respeito. Uma palavra sequer.

Não queria pré-julgar?

Mas então fez pré-julgamento em relação aos demais, porque até  agora ninguém foi condenado.

Ao mesmo tempo, ninguém mais enrolado que o seu primeiro ministro.

O Governador tentou relativizar os fatos.

Tratou como "pequena crise", aquilo que se confirgura no maior escândalo dos últimos tempos na gestão pública catarinense.

Também afirmou que foi o seu governo quem descobriu e, por sua ordem, produziu a ação para trazer de volta ao estado os r$ 11 milhões.

Na verdade, as investigações foram feitas pela "força tarefa" e a ação protocolada no Judiciário pelo Ministério Público.

Enfim, a reação do Governador era até necessária. Demorou. Mas, veio incompleta e com desvio de foco.

A propósito, a troca da guarda na comunicação do governo já foi definida, anunciada, mas ainda não efetivada.

As manifestações de ontem do Governador, no entanto, confirmaram a necessidade da mudança. Foi uma "lambança".

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