O governador Luis Henrique da Silveira o chamava de “craque”. Pela habilidade e capacidade singular de administrar questões políticas, principalmente soluções para crises. Julio Cesar Garcia está voltando para o processo.
Deputado estadual por quatro mandatos, ex-presidente da Assembléia, ficou oito anos afastado da militância política, sem filiação partidária, para cumprir a função de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, mas está de volta.
Deixou o Tribunal no final de 2017 decidido a disputar a eleição de 2018.
O caminho natural seria o retorno ao PSD. Mas, decidiu avaliar outras possibilidades e esperar um pouco mais pelas divergências públicas que tem com o presidente estadual do PSD, deputado Gelson Merisio.
Foi convidado para entrar no DEM, junto com o deputado João Paulo Kleinübing, que migrou do PSD. Chegou a cogitar.
Mas, ontem, depois de reunião pela manhã com o governador Raimundo Colombo, bateu o martelo e decidiu assinar ficha no PSD.
Fará um ato no dia 24, em Criciúma, com aliados e políticos de todo o sul.
Mesmo assim, mantêm diferenças com Merisio. Vai fazer o enfrentamento ao deputado-presidente dentro do partido.
Julio discorda principalmente da candidatura de Merisio ao governo, entendo que não tem viabilidade eleitoral, e da aliança já fechada com o PP. 
De qualquer forma, independente do resultado deste embate interno no PSD, a volta de Júlio Garcia ao processo reforça a representação política de Criciúma e região. Trata-se de um grande politico diferenciado, que vai naturalmente fazer elevar o nível das discussões.

Licença
Enquanto Julio Garcia se reunia com Raimundo Colombo, ontem, em Florianópolis, o presidente estadual do PSD, Gelson Merisio, fazia conversa em São Paulo com o presidente nacional do partido, ministro Gilberto Kassab.
Ouviu pedido de Kassab para “unificar" o partido.
Uma possibilidade considerada foi uma licença de Merisio da presidência, para posse do vice-presidente, o prefeito de Lages, Antônio Ceron, que é da relação pessoal do governador Colombo.

A nova bomba
Na semana passada, o jornalista Claudio Prisco escreveu no seu blog que iria explodir uma “bomba” no ambiente politico do estado, que causaria estragos consideráveis. Dentro do prazo que ele estabeleceu, veio a determinação do STF de abrir investigação do senador Paulo Bauer, no âmbito da Lava Jato, por suposto caixa dois de r$ 11,5 milhões. Provocou estragos e fragilizou a candidatura de Bauer ao governo.
Ontem, Prisco anunciou em seu blog - “nova bomba pode fazer mais vítimas em SC” (foto).
Provocou correria nos bastidores do poder. Várias apostas passaram a ser feitas sobre possíveis “alvos”. 

Na chefia
O auditor fiscal Robson Gotuzzo, ex-secretário da fazenda de Criciúma, é o novo gerente regional da secretaria da fazenda do estado.
O ato de nomeação, número 545, foi publicado ontem no diário oficial. A posse é imediata.
A definição de Gotuzzo para função aconteceu na semana passada, mas faltava o ato de nomeação.
Gotuzzo é funcionário da secretaria da fazenda do estado e sua nomeação é uma demonstração da credibilidade que tem.
Ele é técnico de carreira, não tem filiação partidária e não foi nomeado por ações políticas. Não chegou ao posto por movimento de nenhum politico. 
Gotuzzo foi secretário da fazenda do governo do prefeito Clesio Salvaro até o final de fevereiro.

Vai agir
O secretário de infra-estrutura do estado, Paulo França, anunciou ontem na radio Som Maior que vai agir pessoalmente junto a Latam e Azul para que a região sul do estado não fique sem alternativa de vôo pela manhã para São Paulo a partir do aeroporto de Jaguaruna.
França era o secretário adjunto até semana passada e assumiu o comando da pasta indicado pelo deputado e ex-secretário Lui Fernando Vampiro.
Nesta semana, a Latam anunciou cancelamento do vôo das 11h45 partir de 2 de abril.
No ano passado, a Azul já havia cancelado o vôo das 6h.
A partir de 2 de abril, se nada mudar, o sul só terá duas opções de vôos à tarde - 15h05 pela Latam e 15h30 via Azul.