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SC em Pauta: como cada região vem lidando com a pandemia e a distância de Moisés

Nesta semana, Tubarão anunciou novas medidas restritivas para a Amurel, mas três municípios não seguiram
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 17/07/2020 - 14:19 Atualizado em 17/07/2020 - 14:19
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Santa Catarina está enfrentando uma alta no número de casos do novo coronavírus. Com a função das restrições não mais nas mãos do Governo do Estado, efetivamente, os prefeitos começam a protocolar decretos exclusivamentes para os seus municípios ou de acordo com a região, em consenso. Com isso, cada região vem enfrentando de forma diferente a Covid-19 e, no momento mais crítico da pandemia, o governador Carlos Moisés segue distante em seus posicionamentos.

No SC em Debate desta sexta-feira, 17, os jornalistas Adelor Lessa, Ananias Cipriano, Marcelo Lula e Maria Helena Pereira discutiram as ações que cada parte do estado vem tomando no combate ao coronavírus, assim como o posicionamento de Moisés e as mudanças de secretariado na tentativa de evitar um possível impeachment.

Na Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), Tubarão aplicou um rígido decreto de suspensão de atividades semelhante ao apresentado pelo governo estadual em 17 de março. “O prefeito Joares fechou tudo, ônibus, comércio, tudo. Foi um mini lockdown”, ressaltou Adelor Lessa. Três municípios da Amurel, no entanto, não seguiram o decreto e, por isso, o Ministério Público entrou com uma ação para determinar o cumrpimento. 

Já na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) um semi lockdown ainda não foi estabelecido em nenhuma cidade. De acordo com Adelor, uma das diferenças entre as duas regiões é a sincronia entre os gestores. “Aqui na Amrec a relação entre os prefeitos é muito sintonizada. O que Criciúma faz, normalmente, os outros fazem, e já adotaram as mesmas medidas. Já na Amurel, que é liderada por Tubarão, não tem essa sintonia. Os prefeitos não se entenderam e não entraram em um consenso para que todos adotassem as mesmas medidas”, disse.

Maria Helena defende que os decretos, frente a situação da pandemia no estado, devem ser tomadas de forma regional - e não individual. “Estou há 200 metros de outros municípios da grande Florianópolis. Não adianta apenas um promover esse fechamento, precisa ser uma decisão conjunta”, pontuou.

Em boa parte das regiões de SC, os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do SUS já estão lotados ou quase. É o caso de Criciúma, assim como o de Tubarão. Enquanto isso, o governador Moisés, que assumiu a liderança no início e decretou a suspensão completa das atividades, age distante dos municípios - alegando que agora é a hora dos prefeitos assumirem as responsabilidades.

“O que me estranha é chamar atenção para essa responsabilidade e coragem aos prefeitos, tendo em vista que eles estão enfrentando essas dificuldades. É um governo de total inoperância e que dificulta o diálogo”, declarou Lula.

O problema de comunicação de Moisés 

Alguns pedidos de impeachment já estão protocolados contra o governador. Moisés, então, vem fazendo uma série de mudanças em suas secretarias para buscar uma maior articulação política que proporcione um diálogo com deputados e entidades. “Pode colocar o Schiochet, o Padre Marcelo Rossi ou quem quiser, o problema é o Moisés. Ele pode mudar toda a estrutura do secretariado e colocar novos secretários, pessoas próximas, mas se ele não mudar o comportamento e entender que o problema é ele, nada vai mudar”, disse Ananias.

Sem um chefe da Casa Civil formalizado, o governo do Estado fecha a semana com duas secretarias ainda abertas. De acordo com Adelor, na próxima semana, novos postos deverão ficar vagos. “Na semana que vem vai ficar sem mais dois secretários e sem a liderança do governo na Alesc. A Paulinha vai formalizar a entrega do bastão, e o governo já sabe disso”, pontuou Adelor.

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