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Desde 1991 que não chovia tão pouco em Cocal do Sul e região

Com a seca atual, que vem desde fevereiro, a água vem sendo racionada. Climatologia alerta para dificuldades nos próximos meses
Por Denis Luciano Cocal do Sul, SC, 05/05/2020 - 15:39 Atualizado em 05/05/2020 - 15:44
Uma das barragens com nível baixo em Cocal do Sul / Divulgação
Uma das barragens com nível baixo em Cocal do Sul / Divulgação

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Cocal do Sul está em situação de alerta. Documento tratando da necessidade do uso racional da água no município foi emitido pela Prefeitura, com sugestões de práticas de economia para a comunidade.

"Estamos proibindo o uso da nossa água para abastecer piscinas, lavar veículos, usar lava jatos domésticos, lavar calçadas, telhados, tudo isso por 30 dias ou até a volta da normalidade dos nossos mananciais", informa o diretor do SAMAE de Cocal do Sul, Márcio Zanette. "Estamos proibindo também os órgãos públicos de usar água tratada para limpar calçadas e passeios públicos, pátios de imóveis públicos municipais e lavar veículos da frota oficial do município, enquanto a estiagem continuar", complementa.

Confira também - Cocal do Sul passa por racionamento de água

A dificuldade de Cocal do Sul está nos estoques de água nas barragens de Rio Tigre, Rio Cocal e Represa Demaria Eugenito Rossoff, que fornecem água para consumo humano. "Lembramos que problemas com a água podem complicar as medidas de controle e contenção do Covid-19", lembra Márcio. 

Confira também - A pior estiagem em 27 anos faz Cocal do Sul sofrer

O município vai receber denúncias de descumprimentos das medidas de racionamento. "A denúncia pode ser feita à nossa Fundação de Meio Ambiente ou no SAMAE. A fiscalização vai ao local denunciado onde lavraremos uma advertência", observa. "Em caso de reincidência, será aplicado uma multa, que pode chegar até cinco vezes o valor da taxa mínima", detalha o diretor. No último fim de semana já foram aplicadas seis notificações. O SAMAE tem feito, também reduções temporárias no abastecimento por bairros. "Se a situação piorar, poderemos ter que suspender o atendimento por mais tempo", projeta.

Uma estiagem histórica

O climatologista Márcio Sônego confirma que o ocorrido em Cocal do Sul e arredores já gera registro histórico. "Aconteceu algo assim em 2012, de março a maio com pouca chuva, mas tão séria quanto agora foi em 1991, de fevereiro a setembro, com pouca chuva", lembra, citando uma seca que ocorreu há 29 anos e se estendeu por sete meses. "E a perspectiva para esse ano, com o La Niña em junho, seguindo a regra é ano seco, tendência de passar o inverno com poucas chuvas até o começo de setembro", observa.

Sônego reitera a importância do racionamento em Cocal do Sul e municípios vizinhos. "Estão pedindo para racionar água em Cocal do Sul, Urussanga e Morro da Fumaça. Em curto e médio prazo a notícia não é muito boa mesmo em relação à previsão", destaca, informando que não há indicativos de chuvas fortes para as próximas semanas.

Defesa Civil em alerta

A Defesa Civil estadual vem sendo consultada pelos municípios. Para o coordenador regional, Rosinei da Silveira, os problemas maiores na Amrec estão em quatro municípios. "Cocal do Sul, Morro da Fumaça e Urussanga até Orleans são os municípios que mais estão sofrendo. O nível de água está complicado nos córregos e rios", confirma.

A orientação é constante. "Que os municípios façam seus relatórios, vamos dando algumas dicas em relação a equipamentos. Mencionamos, por exemplo, um tanque que pode ser adaptado em um caminhão simples para atender o interior", relata.

Confira também - O alerta que vem da Barragem do Rio São Bento

A vazão das águas nos pontos de captação também é mencionada. "Os SAMAEs que fazem extração própria precisam ter essa atenção, que dependem de rios. Morro da Fumaça está fazendo isso, racionando na captação, diminuindo o nível, e racionando na distribuição, como Cocal do Sul já tem feito", explica. 

Confira também - Defesa Civil de Criciúma alerta para estiagem

Não há preocupações com as cidades atendidas pela Barragem do Rio São Bento, casos de Criciúma, Içara, Nova Veneza, Siderópolis, Forquilhinha e Maracajá. "A barragem tem sido bastante controlada, não está no nível alto mas o abastecimento não está comprometido, só sofrerá algum racionamento se o problema continuar desse jeito para pior nos próximos meses", conclui Rosinei. "Daqui a pouco pode estar faltando água, então a população não deve lavar água, carro, calçada, irrigar com controle e rigidez", finaliza.

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