O município de Cocal do Sul enfrenta racionamento de água. Com a estiagem, os três reservatórios da cidade operam com capacidade bastante reduzida, o que fez com que o Samae decretasse revezamento de abastecimento nos bairros da cidade. Segundo o Samae, é a maior crise hídrica do município nos últimos 27 anos. 

Assim, neste domingo, o abastecimento foi interrompido nos bairros Cristo Rei, Boa Vista, Vila Nova, Jatobá, Ângelo Goulo, loteamento Birolo, bairro União, Monte Carlos e Horizonte. Porém, com o aumento do reservatório no período da tarde, o abastecimento foi retomado no Boa Vista e Cristo Rei. 

O principal reservatório da cidade, a Linha Tigre, responsável por 70% do abastecimento da cidade e com capacidade de reservação de 20 milhões de litros de água, opera com 10% da capacidade, de acordo com o diretor do Samae de Cocal do Sul, Márcio Zanette.

Os outros dois reservatórios, Linha Ferreira Pontes, com capacidade de reservamento de 50 milhões de litros, opera em 20%, enquanto a Barragem do Rio Cocal, capacidade para 12 milhões de litros, trabalha com 15%.

Márcio trata esta como a maior crise hídrica do município nos últimos 27 anos. "O Rio Cocal tem uma vazão de 270 litros por segundo em condições normais. Hoje trabalhamos ele com 20 litros por segundo. A seca está nos assolando", afirma o diretor, em entrevista ao repórter do Timaço da Rádio Som Maior, Marco Búrigo. 

"A nossa estação de tratamento, em condições normais, trata 85 litros por segundo. Na parte da manhã operamos ela com 58 litros por segundo na manhã e na tarde para 30 litros por segundo. Reduziu drasticamente. Nos levou a tomar uma decisão de fazermos revezamento de bairros", acrescenta Márcio.

Uma reunião será feita com a prefeitura na segunda-feira, 27. A tendência é de que Cocal do Sul decrete situação de emergência por causa da seca. Carros de som circulam pelas ruas do município cobrando o consumo consciente da água. 

O Samae não libera o cronograma de revezamento no abastecimento para evitar que a população faça estoque de água. "Se divulgássemos, as pessoas encheriam caixas e não haveria justiça e equalização de água para os outros bairros", afirma Márcio.