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O futebol brasileiro no limite da barbárie

A omissão de quem de direito
Por João Nassif 28/02/2022 - 08:40

Nem preciso ficar repetindo o que todos já sabem sobre as ocorrências da última semana no futebol brasileiro. Agressões a delegações, ferimento em atletas, invasão de campo, sempre com a alegada paixão de torcedores que extrapolam o limite de sua competência na relação com o mundo do futebol.

Falei em torcedores? Não, não são, são pessoas degeneradas que alimentam suas frustrações através da agressividade que sabem será minimizada por quem deveria zelar pela boa conduta de uma sociedade. Vou inverter a pirâmide proclamada por quem tem o dever de definir o patamar em que o problema é colocado. 

Primeiro, o judiciário brasileiro que tem mostrado a cada dia a impunidade que faz com que haja cada vez mais um incentivo à barbárie e à corrupção. Raros são os casos de violência e agressão no futebol que gerem punição aos infratores.

Segundo, os organizadores das competições nacionais, CBF e Federações que quando punem o fazem abrindo brecha para recursos e outras chicanas jurídicas que também incentivam a repetição de atos agressivos contra os personagens do futebol, racismo inclusive.

Terceiro, nós da imprensa que incitamos a rivalidade entre os clubes e colocamos na bandeja a cabeça de técnicos e jogadores como se fossem peças descartáveis, sinalizando para todos que não merecem vestir a camisa de tal clube.

E por fim os próprios jogadores que não se mobilizam de maneira forte para exigir o máximo de segurança, pois são trabalhadores que mesmo diferenciados de muitos outros, por questão de mercado, teriam também que serem mais protegidos no exercício de suas atividades.

Há algum tempo foi criado o movimento chamado de Bom Senso, mas pela pouca adesão de jogadores e pelo repúdio dos dirigentes acabou sendo extinto. Outro Bom Senso e com mais união entre atletas poderia ser o início de uma escalada para colocar o futebol brasileiro livre de movimentos agressivos.

Leva tempo, mas a pirâmide poderia ser invertida e a retomada começaria pela base, os próprios jogadores.
 

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