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Altos e baixos da maturidade

Por Grayce Guglielmi Balod 24/06/2019 - 19:10 Atualizado em 24/06/2019 - 19:21

Viver a  maturidade é muito bom, não é mesmo?

Eu gosto dela.

É como olhar para o mundo do alto.

Não nos enganamos mais tão facilmente.

Por mais bonita que seja a vista sabemos que nem tudo é lindo lá embaixo.

Longe de termos nos tornado seres iluminados, ainda fazemos incursões poço adentro.

E em algumas delas, eventualmente, chegamos ao fundo.

A desilusão é nossa maior motivadora na escalada, passo a passo, até o fundo do poço.

Temos consciência durante toda a descida de que quanto mais avançamos maior será o trajeto de volta.

Mas desafiando os perigos continuamos até sentir nossos pés lá embaixo.

E na escuridão e silencio absolutos, sentimos a proximidade do desespero.

Mas somos fortes. Fazemos poesias com sentimentos intensos e difíceis de vivenciar. Sentimentos que nos derrubariam facilmente quando éramos jovens.

Do desespero, no entanto, não damos conta. E quem dá?

Na verdade, nós o conhecemos pouco e já é o bastante.

Por isso, rapidamente iniciamos nossa escalada de volta. Agora sim, rumo ao ponto mais alto.

Na maturidade estamos sempre com nosso equipamento de segurança.

Escalar o poço até o fundo não é uma atitude irresponsável.

Consideramos os riscos.

Planejamos as ações.

Foi uma experiência que escolhemos viver.

Porque ainda precisamos ir até o fundo algumas vezes.

Para ver de outro jeito o que nos faz sofrer.

E lá, vimos que aquilo que chamamos de desilusão nada mais era do que a verdade que nós insistíamos em não aceitar.

E a verdade que nos motivou, passo a passo, escalada acima, é que não queremos o abismo.

Na maturidade nós preferimos o céu.

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