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Nyra Terezinha Búrigo Escouto - Primeira médica em Criciúma

Por Henrique Packter 03/12/2019 - 06:03 Atualizado em 03/12/2019 - 06:27

Dentro de poucos anos terei morrido; mais alguns anos e terão morrido todas as pessoas que me conheceram. Mais um pouco de tempo e será como se eu nunca tivesse existido.

ADELOR LESSA compartilha deste pensar. Daí e-mail de 24.8.2015, um convite para escrever, aos sábados, sobre PIONEIROS MÉDICOS de nossa região no A TRIBUNA, sucessora da TRIBUNA CRICIUMENSE. Também acenava com pequena participação no seu exitoso e já tradicional programa das manhãs, com término às 9 horas e que leva seu nome, na RÁDIO SOM MAIOR, sendo minha participação limitada ao último segmento do programa. Aceitei, arregacei imaginárias mangas ergonômicas e procurei corresponder da melhor maneira ao compromisso voluntariamente assumido.

Passados quatro anos, alguns meses e poucos dias, nesta quinta-feira, 21.11.2019, nova direção jornalística encerrou a publicação do artigo. Mas, já no dia seguinte, 22 de novembro, ADELOR LESSA convidou-me para continuar o trabalho de cultuar nossos PIONEIROS MÉDICOS, manter minha labuta formiguinha, não deixar velhos nomes hipocráticos sul catarinenses   caírem na vala comum do esquecimento, destino a que estavam sendo relegados.

Nesta nova plataforma, tratarei do drama da solidão individual e coletiva de doentes marginalizados, dos desencontros, das angústias e insatisfações. Tratarei da vida pequena e pobre, vazia de sentido; da mineralização da sensibilidade, do amesquinhamento e até petrificação das relações humanas.   
       
RESSURREIÇÃO, de Walt Whitman
       
Em vão pregaram-me cravos nas mãos.
Relembro a crucificação e a coroação sangrenta.
Relembro os escárnios e os insultos brutais
O sepulcro e o linho branco libertaram-me
Estou vivo em Nova York e San Francisco,
Nem todas as tradições vão vitalizar as igrejas
Elas não são vivas, são só argamassa e tijolo frios,
Eu posso construir uma igual, e tu também:
Volto a trilhar as ruas dois mil anos depois.
                 
 
O NOVO PASSADO   

A brusca interrupção do relato da vida de nossa primeira médica em Criciúma, a gineco-obstetra NYRA TEREZINHA BÚRIGO ESCOUTO (NYRA TEREZINHA BÚRIGO FROELICH), merece conclusão mais digna. Por esta razão, faço pequeno resumo da parte já publicada, em respeito a esta pessoa tão sofrida e tão estimada. 

ALGUNS DADOS IMPRESCINDÍVEIS

DIZELDA CORAL BENEDET, conforme já informei, era pessoa muito ligada ao casal Nyra-Odilon. Conforme dados por ela coletados, ficamos sabedores da graduação do casal no Curso de Medicina pela Universidade Católica do Paraná, em 1968.

Apenas um ano antes, em 1967, o prefeito Ruy Hülse de Criciúma, transferiu a Câmara de Vereadores para sala da Galeria Benjamim Bristot. Somente em 1986 a edilidade passaria a ocupar andar do Centro Profissional, onde até hoje se encontra.

Uma semana após a formatura, novembro de 1968, Nyra e Odilon casam-se. Como se sabe, 1968 foi o ano que não terminou.

Em seguida vão para residência médica no RJ, onde ingressam em 31.12.1969, NYRA no Hospital Moncorvo Filho, de Ginecologia e Obstetrícia. ODILON faria cirurgia geral, tudo isso, naturalmente, após aprovação em concurso público. 

CONTINUA NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA (5)

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