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Tigre: Pés no chão e nada de falar em G-4

Por Denis Luciano 10/06/2018 - 11:10 Atualizado em 10/06/2018 - 12:40

Entre a vitória contra o Avaí e o empate com o Boa Esporte foram sete pontos ganhos. As duas vitórias e um empate reabilitadores ainda não tiraram o Criciúma da zona do rebaixamento, mas deram um fôlego importante ao Tigre.

"Ouvi perguntas para os meus jogadores em relação a G-4. Vamos esquecer isso aí até o final do primeiro turno, vamos fazer uma promessa? Esquecer G-4 até o final do primeiro turno para não nos acomodarmos, a situação é dificílima", apontou o técnico Mazola Júnior. Logo, o Criciúma tem mais nove rodadas para fechar a primeira metade da Série B fora do grupo de descenso para então almejar um algo mais no returno. Eis a palavra de ordem.

Zé Carlos não teve as chances do jogo passado / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

Esta é uma das duas principais conclusões do 1 a 1 diante do Boa Esporte ontem no Heriberto Hülse. "Estamos no caminho certo. Não é isso que vai nos abater", garantiu o atacante Zé Carlos. "Não deu nada errado. A gente lutou", avaliou o camisa 9, que rendeu muito menos que nos 4 a 1 diante do Paysandu.  No podcast abaixo, o que disse Zé Carlos e outros jogadores ao final da partida na Rádio Som Maior:

"Tivemos as dificuldades sem espaço, e nós temos demonstrado esse problema. Sem espaço para criar, para jogar temos muita dificuldade". Eis a segunda conclusão da partida. O Criciúma que está proibido pelo técnico - com toda a razão - de falar em G-4, é o mesmo Criciúma que sem espaço terá mais problemas. Mesmo que contra o lanterna. E Mazola já havia previsto isso quando nos disse, na véspera, que este jogo seria o mais difícil dos últimos três.

Mazola previa jogo mais difícil dos últimos três. Tinha razão / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

"Mas como, Mazola?", perguntei a ele na coletiva. A resposta: "o que não funcionou é que perdemos o poder físico depois do gol sofrido e o Boa mudou também. Não foi o 4-1-4-1, eles também abriram mão, vieram com dois volantes, 4-2-3-1, e essa mudança também criou problemas para nós, pois sempre um volante deles estava sozinho, o que vem provar o que estamos falando: o nosso time sem espaço na frente tem muita dificuldade na marcação". No podcast abaixo, estas e outras explicações do treinador tricolor:

As substituições não surtiram o efeito desejado. Em síntese, Mazola reconheceu que com Vitor Feijão no lugar de Ralph o ataque ficou desequilibrado, com muita opção na esquerda. Daí entrou Andrew tentando mudar isso, saindo João Paulo. Como Sueliton não estava bem "pela pancada que sofreu na cabeça", disse Mazola (detalhe, essa pancada foi no jogo passado com o Paysandu), ele não conseguiu dar o apoio que precisava pela direita. Daí veio Alex Maranhão para tirar proveito das bolas paradas, mas a principal, aquela falta no fim da partida, não veio no local que é a especilidade dele. Então, desta vez as mexidas não funcionaram mesmo.

Marlon e os laterais que não renderam o suficiente / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

A ausência de Eduardo pesou tanto assim? Eram 14h10min, faltavam portanto duas horas e 20 minutos para a bola rolar, e vi Eduardo chegar no Heriberto Hülse. Uma hora antes da delegação ele desembarcou de um carro, de alguém que deu carona a ele. Estava carregando a sua bolsa, certamente em busca do tratamento para o desconforto na posterior direita que sentiu na sexta-feira. Se terá condições para sábado que vem contra o Oeste em Barueri, ainda não sabemos. Há indicativos que sim. Mas Mazola evitou abordar qualquer "Eduardo dependência".

"Eu acho sinceramente que o Ralph, até por não estar com sequência de jogos, foi perfeito taticamente", disse Mazola, em relação ao substituto de Eduardo, evitando comentar mais sobre a ausência do jogador.

Elvis foi o craque do jogo na Som Maior / Foto: Caio Marcelo / Criciúma EC

Ainda nessa linha das individualidades, perguntamos ao treinador sobre Luiz. É que o goleiro tricolor, em bate papo conosco no domingo passado na TV Litoral Sul, admitiu que errou em três gols dos 12 até então sofridos pelo Criciúma na Série B: um contra o Atlético Goianiense, o segundo diante do Coritiba e o terceiro frente ao CSA. Depois, vieram os gols marcados por Paysandu e este último, do Boa, que nos deu a impressão de falha. Ele demorou para cair na bola, o chute era de longe. Mazola concordou. "A bola era defensável". Mas, claro, fez toda a defesa do camisa 1 e revelou que Luiz vem enfrentando dificuldades físicas, que não treinou plenamente na semana por causa disso.

Grupo já treinou hoje, um dia depois do empate / Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC

Mas o Tigre não está para brincadeira. Já voltou ao trabalho neste domingo. Fez um treino pela manhã no CT Antenor Angeloni. Quem jogou por mais tempo contra o Boa fez o regenerativo habitual, enquanto os demais encararam um treino técnico no gramado. A segunda-feira será de folga e na terça, trabalhos em dois turnos. O Tigre terá ainda a quarta e quinta para treinar e a sexta para viajar, já que a partida de sábado será às 19h na Arena Barueri.

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