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No aniversário dos 7 a 1, outro 7 a 1

No dia em que a história fez lembrar quatro anos do massacre alemão, clube mais antigo do Brasil também toma o assustador placar
Por Denis Luciano 09/07/2018 - 11:20 Atualizado em 09/07/2018 - 11:29

Ontem fazia quatro anos da data mais constrangedora da história do futebol brasileiro. Era aniversário do massacre da Alemanha sobre o Brasil nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Será difícil esquecer o dia em que a Seleção tomou aqueles 7 a 1.

Os 7 a 1 no Mineirão em 2014

Não é que o placar se repetiu neste domingo, exatos quatro anos depois? E envolveu nada mais, nada menos, que o clube de futebol mais antigo do Brasil: o Sport Club Rio Grande. Pela rodada de volta das quartas de final da Terceira Divisão do Campeonato Gaúcho, o Vovô (como é carinhosamente conhecido), tomou 7 a 1 do Sport Clube Gaúcho na cidade de Passo Fundo (a terra do Felipão, o técnico brasileiro na surra de 2014...).

Os 7 a 1 de ontem. Quem bateu foi o Gaúcho, de verde / Foto: Gerson Lopes / O Nacional

Conheço bem o Rio Grande. Lá estreei como setorista, cobrindo o dia a dia do humilde time que naquele 1995 disputava a mesma Terceira Divisão de hoje. A grande conquista da história do Rio Grande, campeão gaúcho de 1936, é a glória de ostentar esse título de mais antigo do Brasil. Foi fundado em 19 de julho de 1900, está portanto às vésperas de comemorar 118 anos. Tem uma bonita história. Teve muitos estrangeiros na sua fundação, liderados por um descendente de... alemães, chamado Johannes Christian Minnemann.

Um dos times de antigamente do velho Rio Grande

O Rio Grande é um dos três times da minha cidade natal, Rio Grande, lá no sul do Rio Grande do Sul. Nasci 79 anos depois do Vovô, terra também do São Paulo e do inativo Rio-Grandense. A turma da Ponte Preta reclama o título de mais antigo, mas a Ponte é de 11 de agosto de 1900, algumas semanas mais jovem. Essa questão foi resolvida pela então CBD em 1975, oficializando o Rio Grande como "vovô do futebol brasileiro".

Rio Grande e Fluminense comemoraram o centenário do Vovô em 2000. Eu estava lá. Um frio danado

No meu tempo lá por Rio Grande, empunhando o microfone da Rádio Nativa (atual Rádio Cultura Riograndina, minha primeira casa) e depois da Rádio Cassino, acompanhei o Vovô por seis temporadas. Na última, em 2000, o clube comemorou seu centenário em alto estilo, recebendo o Fluminense do Rio para um amistoso naquele 19 de julho dos cem anos de fundação. Era uma quarta-feira gelada, um dos dias que mais frio passei na vida, transmitimos o jogo, 1 a 0 para o Flu, com a equipe da Rádio Nativa. Até o SporTV estava lá. Naquele ano 2000 o Vovô veio disputar a primeira divisão do Gauchão como convidado. Até fez campanha razoável. Depois voltou à sua realidade na Segundona, Terceirona...

Esse o time do Rio Grande ontem, antes dos 7 a 1 em Passo Fundo

Ontem o Rio Grande foi até Passo Fundo, a terra do Felipão. Encarou o Gaúcho. Na ida, empataram em 1 a 1 no velho estádio Arthur Lawson. A partida de volta foi na Arena Wolmar Salton BSBios, uma arena inaugurada em 2016 que o clube construiu com 8 mil lugares, muito bonita, para substituir o velho estádio dos anos 50. O fantasmagórico placar deste domingo, 7 a 1, desclassificou o Rio Grande, mandou o Gaúcho para a semifinal da Série C estadual diante do São Borja e o vencedor vai subir. Na outra semifinal, estarão Guarany de Bagé e Farroupilha de Pelotas.

A arena do Gaúcho de Passo Fundo, local da versão 2018 dos 7 a 1

Para consumar os inusitados nos quatro anos dos 7 a 1, o gol do Rio Grande foi do goleiro Cris, cobrando falta. Confira aqui a memória do domingo em que o Vovô não deixou o Brasil esquecer a humilhação histórica de 2014.

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