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Muda tudo na eleição do Criciúma

Disputa será atrasada em uma semana e somente um novo vice de Administração será eleito
Por Denis Luciano 30/11/2020 - 19:13 Atualizado em 30/11/2020 - 19:15

O Criciúma vai aos tombos dentro de campo, e fora dele também. A sucessão do presidente Jaime Dal Farra - para um sucessor que ainda não existe de fato nem de direito - está cada dia mais tumultuada. Anunciada para o dia 8 de dezembro, a eleição presidencial não ocorrerá mais. Ela está suspensa. Se transformou, na verdade, em uma convocação para 15 de dezembro. Na ocasião, o Conselho Deliberativo se reunirá para eleger o novo vice-presidente de Administração. E só.

Por uma série de fatores. Um deles, ficou claro que o advogado Antônio Sérgio Fernandes e outros tinham razão ao levantar a ilegalidade dessa eleição. Não se pode eleger a diretoria substituta de uma que renunciou se esta que renunciou continua no exercício das funções. Trocando em miúdos, para eleger o sucessor de quem renunciou, esse renunciante deverá já ter saído efetivamente do cargo. E isso só será feito por Jaime Dal Farra e os vices Vilmar Casagrande e Valcir Mantovani no dia 31 de dezembro. Logo, os substitutos não podem ser eleitos antes disso. A regra, diria o outro, é clara. Está lá no estatuto, com uma clareza indiscutível.

Logo, o que o Conselho pode fazer nesse meio tempo é eleger quem falta para preencher a lacuna existente na diretoria, ou seja, o vice de Administração. E é o que deve acontecer no dia 15. Estamos agora no aguardo do edital. E mais. Esse vice-presidente será eleito, ficará duas semanas nessa função e caberá a ele assumir o comando do Criciúma no primeiro dia de janeiro, quando da efetivação da renúncia de Dal Farra, Casagrande e Mantovani. Parece confuso, e é, pois será esse vice que fará a transição para o futuro presidente. Detalhe, essa transição poderá ser efetivada somente em 2022. Ou seja, existe o risco de no dia 15 ser eleito um vice que presidirá o Criciúma durante todo o próximo ano, de forma interina.

Convenhamos, uma crise política desnecessária em uma temporada na qual, seja como for, o Criciúma estará desmontado, ou depois de uma permanência sofrida na Série C, ou depois de uma queda demolidora para a Série D. Tudo o que o Criciúma não precisava, nesse meio tempo, era de uma crise política.

Há quem pense, no meio desse vendaval, que cresce o "risco" de Dal Farra nem renunciar mais, embora ele já tenha documentado isso. Seria apenas mais um tumultuado capítulo no meio de tanta confusão.

E outra bronca: a chapa que o empresário Valdeci Rampinelli estava montando não existe mais. É que, além de Vilmar Casagrande e Valcir Mantovani, o até então citado para vice-presidente de Administração também tornou-se carta fora do baralho. Celso Tadeu de Menezes está com impedimentos legais, não pode se candidatar à função. Os documentos comprovando isso vieram à tona nesta tarde.

É muita turbulência. No meio disso, o Criciúma faz um jogo historicamente deprimente no sábado que vem, em casa, contra o Brusque. Um tropeço e o Tigre poderá tomar o inédito rumo - e vexatório - da quarta divisão do Campeonato Brasileiro. Os tempos difíceis teimam em não ir embora.

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