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Memória: Parabéns a você, Chico Milioli

Por Denis Luciano 07/05/2018 - 07:05

Quando perdemos o Francisco Milioli Netto, em 6 de abril, nos demos conta que ele completaria 78 anos dali um mês. E nos preparamos para fazer algum resgate. Dias depois da perda do nosso ícone, fui ao escritório do Sandro, um dos quatro filhos do velho Chico, e com ele consegui por empréstimo uma preciosa pasta preta, cuidada com muito carinho pela dona Marlene (fique tranquila, está bem cuidada e hoje sem falta estará nas mãos do Sandro!).

Pois bem, leituras e cópias depois, me deparei com algumas pérolas do arquivo do Milioli, como recortes de jornal. Muitos. Desde a matéria do co-irmão Diário de Notícias (junto com a TV Litoral Sul, os únicos veículos onde trabalhei com o Chico) a respeito de um infarto que ele sofreu em 1999 até a série de reportagens que o David Coimbra escreveu no saudoso Jornal da Manhã lá em 1995 sobre os ícones do rádio. Na época, os personagens João Sônego, Clésio Búrigo e ele, o Chico, estavam entre nós ainda.

E fotos. Muitas fotos. Com esse rico conteúdo em mãos, fomos trabalhando, conferindo, pesquisando mais e guardando para o dia 7 de maio. Seria a nossa singela homenagem ao Milioli no dia em que completaria 78 anos, hoje. E lá está em A Tribuna. Na capa, uma das fotos reproduzidas pelo Daniel Búrigo e muito bem escolhida pela nossa editora Mayara Cardoso, do Chico em um preto e branco que dão o contexto para alguém que foi além do seu tempo. "Ele soube envelhecer na boa graça", define o jornalista Nei Manique.

Aliás, nos apropriamos de impressões e depoimentos de colegas, desde David Coimbra escrevendo sobre Chico em 95 até Nei, Adelor Lessa, Mário Lima, Paulo Coutinho e muita gente que, direta ou indiretamente, contou histórias do "fenemê". Eu só soube o porque desse apelido com a perda do Milioli. E a razão do apelido, a gente também conta na matéria. Como reportamos, também, algumas das muitas passagens folclóricas, algumas até parecidas com anedotas, mas não. Afinal, "ele era quase 100% humor", conforme nos disse com precisão o Mário Lima, que por tantos anos dividiu microfones com o Milioli.

Essa eu não contei na matéria, mas batalhei muito, quando coordenador de esportes na Eldorado, para viabilizar a que teria sido última admissão do Milioli lá na emissora dos Salvaro. Não era uma operação muito fácil, fruto das convicções do Chico (quem o ouvia na Transamérica e Difusora sabe do que estou falando). Umas seis conversas por telefone depois, eu estava quase dobrando o Chico a aceitar uma proposta, mas um detalhe encerrou a conversa. Não realizei o sonho de fazer rádio com ele.

Mas isso é um grão de areia perante a uma das importantes considerações que, tratando do Milioli da comunicação, escrevemos nessa matéria. O legado que ele deixou para o rádio do sul de Santa Catarina. Como bem nos lembrou o Nei Manique, foi o Chico o grande coordenador da transformação da Eldorado em uma emissora 100% jornalística, isso em 1993. Foi uma façanha para a época, e reuniu gente do quilate do Nei, do Adelor, do Otaran, David, Sônego, Clésio e uma gente fantástica. Fez história no dial o Chico. Pioneiro, pensador, criativo mas sem perder a graça. Recomendo a leitura. Foi desafiador, afinal havia muito mais a escrever e o Milioli mereceria muito mais páginas. Fez história para isso. Quem sabe um dia...

 

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