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Liminar derruba comunicado de desistência do Figueirense

Conselho Deliberativo assume o comando e garante que o clube vai continuar jogando a Série B
Por Denis Luciano 24/09/2019 - 10:42 Atualizado em 24/09/2019 - 10:48

Caiu como uma bomba a notícia de que o Figueirense estava desistindo da Série B do Campeonato Brasileiro, em função da grave crise financeira que o clube vem vivendo. Essa informação consta de um comunicado encaminhado pela Elephant, a antiga gestora do clube, à CBF. Ocorre que uma liminar obtida pelo Conselho Deliberativo, em nome do clube, tirou a validade do documento lavrado pela empresa.

"O Conselho não admite essa possibilidade de desistência e está trabalhando muito para levar o Figueirense até o fim do campeonato. Essa desistência não vai ocorrer, e o Conselho conseguiu uma liminar ontem à noite que o ampara como porta voz oficial do clube. A Elephant não trata mais sobre Figueirense desde o fim do contrato entre ela e o clube, já que o rompimento ocorreu na quinta-feira da semana passada", informou a pouco ao blog o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti.

Com isso, o Figueirense segue na Série B. "A palavra oficial do clube é o Conselho, e não a Elephant. A CBF nos orientou que, mesmo mandando aquele documento, ele não tem validade. Se os jogadores entrarem em campo, o jogo é mantido, não vem qualquer determinação contrária da CBF", assegurou o presidente. "Os jogadores estão com o Conselho, estão fechados, vão entrar em campo. Não tem desistência", reforçou.

Mas Angelotti lembra que, conforme determina o regulamento geral de competições, a CBF encaminhou o documento da Elephant ao STJD. "O Tribunal ainda não notificou o clube, mas o Tribunal também está recebendo hoje a liminar que o Conselho garantiu, logo a liminar mata o documento que a empresa mandou", explicou Angelotti. 

O presidente da FCF ainda tentou, nesta segunda-feira, um acordo entre as partes. Buscou uma reunião entre Cláudio Honigham, da Elephant, e Francisco de Assis, presidente do Conselho do Figueirense. "Mas não conseguimos a reunião. Não existe mais possibilidade de acordo, o rompimento está feito e as discussões futuras vão para a Justiça", anunciou. "Um absurdo o que a Elephant está fazendo, pedindo R$ 3 milhões pelo rompimento do contrato. Os conselheiros não aceitam, isso não existe", frisou.

Uma das discussões é a titularidade da dívida do Figueirense, hoje calculada em R$ 120 milhões. "Quando a Elephant assumiu o clube devia R$ 90 milhões. Depois, a Elephant gerou uma dívida de R$ 27 milhões, mais ou menos, de 2017 para cá. Essa é a dívida da empresa. O resto é do clube", interpretou Angelotti. 

Não existe qualquer ameaça ao jogo de hoje do Figueirense contra o Bragantino. "Negativo. Os jogadores vão entrar em campo. Tanto o jogo da Série B quanto a participação do Figueirense na Copa Santa Catarina seguem normais", enfatizou. "O atraso nos pagamentos aos profissionais é pequeno hoje, algo de direitos de imagem. Tem mais dívidas com fornecedores, pessoal da base, ajuda de custo, funcionários, lavanderia e outras do cotidiano", concluiu.

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