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Gente que não precisa recebendo os R$ 600

Por Denis Luciano 06/05/2020 - 07:47 Atualizado em 06/05/2020 - 07:50

Fim de expediente ontem. Tocou o telefone na redação da Som Maior e do 4oito. Era um ouvinte alarmado, com relatos de gente que não precisa embolsando os R$ 600 ou até os R$ 1,2 mil do Auxílio Emergencial do Governo Federal, para esses duros tempos de pandemia de Covid-19. Hoje cedo, 7h e alguns minutos. Tocou o telefone na redação do 4oito e da Som Maior. Era uma ouvinte, também alarmada, com outro relato de criminosos que burlaram o sistema para embolsar essa verba que é destinada a quem realmente precisa. Vamos aos detalhes.

Sobre o relato de ontem, o ouvinte, morador de Criciúma, referia o caso de ao menos duas mulheres, mães, separadas judicialmente, com filhos. Ambas têm seus trabalhos, são até bem pagas (que bom) em seus empregos que estão garantidos. Não foram ameaçados pelo coronavírus e a sua resultante crise. Ok. Elas encontraram os subterfúgios legais para se candidatar aos recursos. E conseguiram. Cada uma embolsa, por três meses, R$ 1,2 mil mensais. R$ 3,6 mil para cada uma em 90 dias, sem necessidade. Elas não precisam. Estão com as mesmas rendas de antes da pandemia. São oportunistas, portanto. Criminosas.

Sobre o relato de hoje. A ouvinte contou ao blog sobre criciumenses que vivem no Exterior. Gente que mora na Itália, Alemanha, Estados Unidos. Alguns, poucos, claro que não se trata de uma multidão, mas de alguns casos pontuais. Que vivem lá, que têm suas vidas por lá, que acumularam rendas, que formaram patrimônio. Fruto de trabalho, ok. Bacana. Mereceram. Possuem casas por aqui, no plural, assim mesmo. Mas, da mesma forma que as mamães empregadas do parágrafo anterior, da mesma forma acharam um jeitinho para driblar o sistema e estão embolsando. Está caindo na conta deles. Gente que nem no país mora. Não precisam. Não estão passando fome, não perderam seus empregos, possuem rendas garantidas dos aluguéis dos imóveis que mantém por aqui também. Logo, outra indecência. Criminosos.

Essa gente deveria ter um pontual encontro com a Justiça. Estão embolsando enquanto gente que vive aqui, à míngua, com parcos recursos, passando fome, desempregados. E há muitos outros exemplos, Brasil afora (e até fora) de gente oportunista, achacando os cofres públicos. "Ah, mas os políticos fazem pior", pode dizer alguém. Eis a prova cabal de que, de fato, cada povo tem o governo que merece. E segue o baile, o triste baile de um país que acha que engana alguém nessa irritante "lei de Gérson" mas, na verdade, engana a si mesmo. Triste. Pobre Brasil.

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