Não poucas vezes, o Argel disse que não fecha treino. Um porém: não fecha quando não precisa. Agora, precisou. Por isso que, na boa, ele se dirigiu aos repórteres ontem à tarde no CT e comunicou que hoje precisaria fazer um trabalho secreto, sem câmeras nem jornalistas, no Heriberto Hülse. E assim será à tarde. "Eu preciso, gente", reforçou. "Perdi o Zé, perdi o Dodi", justificou, citando a necessidade de montar algo diferente, colocando, claro, aquele acento agudo no "o" do Dodi, que já partiu rumo ao Fluminense.

Vai ser dia de espiar o Tigre então. Não com o espaço que fizeram o Lucas Coelho e o Jean Mangabeira, na foto acima flagrados durante o treino de segunda à tarde dos reservas no CT, acompanhando o Elvis na fila no caminho de outro gramado para um dos trabalhos da semana. Por falar em espiar, no clique abaixo o flagrante, à distância, do papo de ontem à tarde. Em um breve intervalo do treino com bola, Argel chamou Mailson para a conversa.

Acontece que passa pelo atacante uma das mudanças que Argel deverá testar no treino fechado da tarde. Sem Zé Carlos, o técnico tende a optar por uma mudança pura e simples, colocando ou Lucas Coelho, ou Kalil, ou quem sabe Nicolas. Lucas é a ficha 1. Recuperou-se de desconforto na coxa que o tirou do jogo de Goiânia, apareceu bem quando escalado pelo treinador no Catarinense merecendo elogios, e vem trabalhando forte nos últimos dias.

Mas e Nicolas? A estreia dele foi animadora. Fez gol contra o Atlético. "Feliz por conseguir estrear. Uma pena pelo resultado", definiu o atacante. "Busquei tentar participar bastante do jogo, tive uma situação de cabeça que passou muito perto num cruzamento do Jean Mangabeira ali no final", lembrou. "Teve outra que o Zé passou e eu não consegui tomar a frente do cara. É sempre estar buscando". E o Nicolas, que joga nas três funções do ataque, pode ser a surpresa de Argel contra a Ponte no sábado. Abaixo, o papo que batemos com Nicolas lá em Goiânia, depois da partida de estreia.

E no meio? A partida de Douglas Moreira cria a maior dor de cabeça para Argel. Ele não tem um jogador na medida exata para suprir. Admitiu em bate papo com o blog na noite de segunda-feira que poderá apostar em Barreto. "O Barreto pode jogar ali. Ganho com ele na imposição física, e ele é segundo volante". Em alguma partida mais encardida, não será surpresa se o técnico optar por Liel, o cara da foto abaixo que anda brigando por oportunidade, junto com Jean Mangabeira, com Barreto aproximando de Elvis e dois atacantes.

Se ainda não temos ideia do time do Criciúma para encarar a Ponte no sábado no Majestoso, já sabemos a arbitragem. Será do Rio de Janeiro, com João Batista de Arruda auxiliado por Thiago Henrique Neto Farinha e Carlos Henrique Alves de Lima Filho.