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Berros da Valéria, broncas da Janaína e a eleição já começou

A jornalista que não conseguiu ser candidata no PMN e a aposta de Bolsonaro no PSL para a vice-presidência. Pós Copa, chegou a hora de pensar no voto
Por Denis Luciano 22/07/2018 - 14:15 Atualizado em 22/07/2018 - 14:36

Dada a largada para as eleições presidenciais de outubro, Jair Bolsonaro (PSL) está se tornando, neste domingo, o quinto candidato apontado por convenções para disputar os votos dos brasileiros. Na sexta, Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Vera Lúcia (PSTU) foram aclamados. Ontem, foi a vez de Guilherme Boulos (PSOL).

Mas foi a convenção de um pequeno partido ontem que trouxe mais barulho. Desde o início do ano, a jornalista Valéria Monteiro (aquela mesma ex-Fantástico, ex-Jornal Nacional) vem se apresentando como pré-candidata. Vinha se apresentando como a candidata que desmarcaria Jair Bolsonaro.

Valéria Monteiro tentando discursar na convenção do PMN

Como a eleição brasileira ainda não prevê candidaturas avulsas, é necessário o respaldo de um partido para concorrer. Filiada a Partido da Mobilização Nacional (PMN), Valéria tinha o aval da sigla até maio. Depois, o apoio foi arrefecendo e o casamento acabou em barulhento divórcio na convenção deste sábado, em Brasília.

"Vai definir na canetada, presidente", berrou diversas vezes a jornalista, enquanto pedia a palavra e o direito de defender a sua candidatura. Ela pontuou ainda que, nessa crise, os partidos estejam preocupados comente com a cláusula de barreira. Ocorre que as siglas precisam de 1% dos votos nacionais e 1,5% em nove estados para continuar tendo acesso ao fundo partidário. Quem não alcançar estará fadado a sumir.

Valéria não conseguiu ser candidata. O PMN aprovou resolução para não ter candidato, nem apoiar ninguém no primeiro turno. Vai jogar suas forças e seu dinheiro (o dinheiro público, do fundo partidário bilionário para financiar política) para eleger deputados federais e continuar sobrevivendo. Assim planeja fazer o PTC, outro partido nanico onde está Fernando Collor de Mello, que segue dizendo que vai concorrer.

Collor de novo?

Hoje, outra mulher rouba a cena nesses primeiros dias de convenções. A advogada Janaína Paschoal, que foi autora da denúncia que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Filiada neste ano ao Partido Social Liberal (PSL) vinha sendo apontada como pré-candidata a deputada federal por São Paulo.

O vice que Bolsonaro queria era o general do Exército Augusto Heleno, da reserva, que está filiado ao Partido Republicano Progressista (PRP), mas a direção do partido não quis saber da coligação. Hoje veio à tona, na convenção do PSL no Rio, o convite de Bolsonaro a Janaína.

Janaína ao lado de Bolsonaro hoje na convenção do PSL / Foto: Raquel Cunha / Folhapress

Na sua fala aos convencionais, com mais de 2 mil presentes, ela criticou o comportamento de seguidores de Bolsonaro nas redes sociais, conclamando eles a abrir diálogo com quem tem opiniões diversas e não partir para o radicalismo. Disse, ainda, que precisará de alguns dias para pensar sobre ser a vice do deputado fluminense e, agora, candidato de fato.

As convenções continuam. Sábado que vem a DC (Democracia Cristã) confirma mais uma candidatura de José Maria Eymael (Ey-Ey-Eymael, um democrata cristão). No mesmo dia 28 farão convenções o PTB, PV e PSD. Os dois primeiros não terão candidatos. No encontro dos pessedistas, Guilherme Afif Domingos vai se apresentar, mas não deve levar. Afif concorreu à presidência em 1989 pelo Partido Liberal, o PL (juntos chegaremos lá, fé no Brasil, com Afif juntos chegaremos lá...).

No dia primeiro de agosto o PCdoB faz convenção. Ou confirma a candidatura da deputada gaúcha Manuela d´Avila ou um ainda possível apoio a Ciro Gomes (PDT) ou ao candidato do PT. Os comunistas defendem a tese de uma frente de esquerda mas, como veem os partidos deste campo desunidos, vão optando por manter a candidatura.

Manuela, a pré-candidata do PCdoB

As convenções de três grandes partidos com caminhos diversos vão movimentar o dia 2 de agosto. O MDB poderá confirmar a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles. O DEM tem Rodrigo Maia pré-lançado, mas namora com Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. O PP poderá encorpar o palanque tucano. Não tem pré-candidato.

Seis convenções estão na agenda para 4 de agosto: PT com Lula ou o plano B, PSDB com Alckmin, Novo com João Amoêdo, Rede com Marina Silva e Podemos, com Álvaro Dias, e ainda o PPS, que deverá apoiar Alckmin (Cristovam Buarque queria ser candidato, mas não teve apoio) e PR, que poderá indicar o vice do candidato apoiado pelo Centrão. Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar, é o nome do partido para uma possível combinação com Alckmin. Ele andou dizendo que gostaria de ser vice de Lula.

Este é Josué Gomes, que o PR planeja lançar candidato a vice

A agenda de convenções fecha dia 5 com o PRTB confirmando Levy Fidelix, o homem do aerotrem, o PSB que está entre Ciro e Alckmin para apoiar e o PPL, que vai homologar a candidatura de João Goulart Filho.

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