Quinto dia de conflito no Oriente Médio, investidores acompanhando inseguros e bolsas pra baixo.
O Ibovespa caiu ontem 0,30%, fechando aos 138.840 pontos.
Mais uma vez, a Petrobrás, que ocupa mais de 11% do índice, segurou a queda. As ações preferenciais subiram 2,36%, enquanto as ordinárias subiram 3,24%.
Para se ter uma ideia, sem a Petro a queda de ontem seria de 0,6%.
Já o dólar subiu 0,23%, retomando o patamar de R$ 5,50.
Hoje tem Copom
Aqui no Brasil, traders também esperam o posicionamento do Copom sobre os juros, que será divulgado hoje, depois do fechamento do mercado, por volta das 18h30.
O mercado se divide entre aqueles que aguardam a manutenção da taxa Selic em 14,75% e aqueles que esperam um aumento de 0,25%, que firmaria os juros básicos em 15% ao ano.
No exterior, o otimismo da véspera sobre uma possível solução para o conflito no Oriente Médio deu lugar à incerteza. Os principais índices americanos caíram.
Dow Jones caiu 0,70%, S&P 500 caiu 0,84% e Nasdaq caiu 0,91%.
E o petróleo, que tem a demanda diretamente impactada pelo conflito, voltou a subir. Nas últimas 24 horas WTI avançou 2,50% e o Brent, 2,70%.
Ainda sobre o conflito entre Israel x Irã, que entra no sexto dia
A preocupação mundial aumentou ontem por conta de publicações nas redes sociais, sendo uma atribuída à mídia estatal iraniana afirmando que "esta noite haverá uma grande surpresa, uma que o mundo lembrará por séculos" e outra com um video mostrando um míssil com um adesivo de nuclear.
Nenhuma das publicações foi confirmada ou refutada, mas gera desconforto.
Mas, o que é fato é a tendência crescente de participação direta dos EUA. O embaixador iraniano, afirmou agora a pouco, nas Nações Unidas em Genebra, que comunicou a Washington que responderá firmemente caso os americanos se envolvam na campanha militar de Israel.
Vitória dos FIIs (Fundos Imobiliários)
O Congresso Nacional derrubou ontem o veto do governo à definição dos FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e dos Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) como não contribuintes na reforma tributária.
Na prática, a redação aprovada isentava esses fundos da incidência do IBS e da CBS, o veto presidencial tinha reestabelecido a tributação e a derrubada do veto mantém a isenção.
O governo vinha negociando com a bancada do agronegócio na tentativa de evitar a derrubada do veto e iria construir uma alternativa legislativa para tratar da isenção. Como esse projeto não foi enviado, o veto foi derrubado.