O Ibovespa fechou a sexta-feira, último pregão de maio, em queda de 1,09%, aos 137.027 pontos. Ainda assim, o Ibovespa acumulou alta de 1,45% no mês, o terceiro seguido de ganhos.
O movimento de queda de sexta foi motivado pelo clima global de aversão ao risco diante do aumento das incertezas a respeito das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Já o dólar subiu forte contra o real. A moeda americana valorizou 0,91% e fechou o mês cotada a R$ 5,72. Nesse valor, o dólar subiu os mesmo 1,45% que o Ibovespa no acumulado de maio.
A queda na bolsa e o fortalecimento do dólar acompanharam o dia de fraqueza para as ações americanas após novas declarações de Trump sobre a China. O presidente dos EUA disse que Pequim “violou completamente” o acordo comercial preliminar firmado entre os dois países, mas não entrou em detalhes.
IOF presente no dia-a-dia do brasileiro
Quase 3 em cada 10 brasileiros bancarizados fez alguma transação com incidência de IOF nos últimos 12 meses, de acordo com um levantamento da fintech de inteligência de dados Klavi feito para o Valor Investe.
E, mais que isso: entre os que realizaram esse tipo de operação, a média foi de quase 10 transações por pessoa no período, gerando um gasto médio de aproximadamente R$ 24,25 só de IOF.
Ainda no mesmo levantamento, o curto prazo também apresenta presença forte do IOF: nos últimos 30 dias, cerca de 11% da base pesquisada realizou transações com incidência do imposto. A média foi de 2,29 operações por pessoa, com gasto médio de R$ 4,46 no período.
O IOF, que, por decreto do Governo Federal no último dia 22, teve aumentos que chegam a quase 10 vezes em alguns casos, está presente em operações financeiras de consumo e de crédito como empréstimos, financiamentos, compras internacionais, cartão de crédito e resgates de investimentos.
Boletim Focus
Como hoje é segunda-feira, às 8h30 o Banco Central divulga o Boletim Focus, com o sentimento do Mercado sobre o futuro da Selic, do dólar, do IPCA, entre outros indicadores.
Come-cotas
E deve aparecer só hoje, para os investidores de alguns fundos, os efeitos do come-cotas, a antecipação do Imposto de Renda que atinge fundos de investimento de Renda Fixa e Multimercado a cada seis meses.
O come-cotas é a cobrança antecipada de imposto que “come" 15% do lucro dos fundos de investimento, sempre nos últimos dias úteis de maio e novembro.
Com essa mordida da última sexta-feira, o Governo planeja arrecadar entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões. Em 2024, juntando as duas antecipações, a arrecadação da Receita foi de aproximadamente R$ 26 bilhões.
Apesar de incrementar o caixa do Governo e, na teoria, cobrar o imposto se já seria pago, o sistema de come-cotas também come sensivelmente a rentabilidade dos fundos, já que reduz o patrimônio investido e, por consequência, a rentabilidade do investimento.
Vale lembrar que sofrem essa cobrança antecipada os fundos de Renda Fixa, Multimercados, Cambiais e, há pouco tempo, os Fundos Exclusivos.