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Crônica da Cidade

Por Archimedes Naspolini Filho 19/05/2020 - 06:59

Busquei, na edição que circulou na semana de 13 a 20 de junho de 1964, do nosso saudoso semanário Tribuna Criciumense, os tópicos de publicações que dão um mergulho no passado e se transformam na Crônica da Cidade de hoje.

DECRETO Nº 256 – Arlindo Junkes, prefeito municipal, no uso de suas atribuições, etc., decreta: Art. 1º São instituídas em todas as escolas primárias, sessões cívicas semanais, a serem realizadas todos os sábados, de conformidade com as instruções baixadas pela secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social do município. Isso aí fora recomendação das autoridades militares acantonadas em nossa cidade. Mas, aos sábados, Professor Arlindo!

ESTRADA DE FERRO: NOVO SUPERINTENDENTE – Foi empossado, no Rio de Janeiro, como novo Superintendente da Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, o General Francisco das Chagas Mello Soares que vem substituir o Sr. Rolf Max Becke. O Sr. Rolf Becke foi inteiramente dedicado à solução dos problemas da ferrovia e, durante o seu mandato, apresentou um nítida compreensão dos problemas do Sul catarinense. A Teresa Cristina era interessante: tinha seu diretor empossado no Rio de Janeiro, sua sede em Tubarão, e vivia do transporte de carvão de Criciúma, Siderópolis, Lauro Müller e Urussanga.

JK CASSADO – Logo após ter, a Voz do Brasil, divulgado a cassação do mandato do senador Juscelino Kubitscheck, este distribuiu uma nota aos jornais, nos seguintes termos: “No instante em que a iniquidade se consuma e me obriga ao silêncio, cassando o mandato de senador e retirando-me os direitos políticos, quero pedir aos brasileiros que não se deixem, um só momento, impressionar com as calúnias e as mentiras que os inimigos jurados da democracia certamente hão de atirar sobre mim. Estou pagando o crime de ter lutado indeterminadamente pela independência econômica do meu país; o crime de ter governado isento de ódios; o crime de não ter perseguido quem quer que seja; o crime de ter proporcionado a esta nação cinco anos de paz, de garantias constitucionais, de cuidados administrativos; o crime maior de ter feito nascer, no coração dos brasileiros, a esperança e o sentimento de grandeza. Silenciado pela tirania, restarão documentos irrefutáveis, restará a reparação que a História oferece, dignificando os que forem sacrificados pela má fé, pela incompreensão e pelo ódio. Não aceito o julgamento dos que, agora, me julgam. Só aceito o julgamento do povo, pois nele reconheço o juiz das minhas ações”.

Esse era o presidente Juscelino, agora, senador goiano. Seu maior crime foi aprovar a indicação do seu nome às eleições presidenciais de 1965 que foram suspensas e o presidente passou a ser eleito por colégio eleitoral.
Esta crônica está no meu blog, no Portal 4oito.com.br. E eu retornarei amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!

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