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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Ananda Figueiredo 22/08/2017 - 08:00 Atualizado em 24/08/2017 - 12:54

"Oi Ananda, tudo bem? Tenho um convite para te fazer..."

Assim nasceu a proposta de ter um blog no 4oito.

"Mas o que é que eu vou escrever? Em que posso contribuir?" foram os pensamentos que me visitaram logo em seguida. Partindo da concepção mais básica de blog - aquele em que se compartilha a vida em tempo real - não me via neste espaço. Mas, logo em seguida, fui apresentada a um universo em que seria possível aproximar a psicologia do cotidiano das pessoas da região, ainda que de modo restrito e, de modo algum, em substituição ao atendimento clínico e à psicoterapia.

Esta é, então, a proposta deste blog: retratar uma psicologia que está nos mais diversos espaços e em todas as relações humanas, sem banalizá-la, mas buscando afastá-la do estigma de "área que cuida de loucos". Apesar de que, na verdade, é isso mesmo que ela faz. Afinal de contas, quem não é um pouco louco, não é mesmo? =)

Aos loucos e loucas da região: sejam muito bem vindos aos diálogos sobre psicologia e às loucuras que só Freud explica - e eu, na minha insignificância, vou tentar traduzir aqui!

Por Ananda Figueiredo 23/08/2017 - 13:00 Atualizado em 24/08/2017 - 13:44

 

Você já deve ter visto alguma pesquisa que apontou as brigas e a traição como causa das crises conjugais. Há dezenas de matérias com estes resultados por aí, não é mesmo?

Insatisfeita com esta informação, uma pesquisa recente realizada no Brasil quis saber as razões por trás das brigas e traições e chegou a um número impressionante: 46% das pessoas que passaram a brigar mais ou traíram o fizeram porque deixaram de se sentir amadas.

Importante notar que não se trata, necessariamente, de ter acabado o amor, mas sim de não se sentir mais amado.

 

Recentemente, tivemos o dia dos pais e percebemos a enxurrada de declarações nas redes sociais. O mesmo acontece no dia dos namorados, das mães, no natal.. Mas por que precisamos de datas para falar do que sentimos se este sentimento está conosco todos os dias?

"Ah, Ananda, mas eu demonstro nas atitudes que amo minha esposa, meu namorado, meu filho..." Que maravilha! Mas não é a toa que desenvolvemos a fala - ela é ainda a forma mais clara de se comunicar. Até porque, será que seu companheiro ou companheira está entendendo os sinais? E será que são estes os sinais que ele/ela considera importantes?

Se você não quer compor esta estatística, prepare-se para um desafio: pense agora em pelo menos duas pessoas que você ama.

Pensou?

Pois bem, seu desafio é: nesta sexta, sábado e domingo, comunique de forma clara o que sente por elas!!!

Seja claro e corajoso, afinal é amor! <3

Por Ananda Figueiredo 24/08/2017 - 18:00

ESTRESSE - palavra cotidiana esta, não?

Vivemos em um momento da história em que estar estressado é normal. Trabalho, estudos, família, supermercado, planejamento da viagem de fim de ano e mais muitíssimas outras atividades resultam em um estado de estresse que, biologicamente e a grosso modo, consiste em um combinado de reações nos sistemas nervoso, hormonal e imunológico. E é esta ação imunológica que, com frequência, resulta em dermatites, como eczemas, coceiras, inflamações cutâneas e, até mesmo, psoríase.

Você se lembra do terremoto de Kobe, no Japão, em 1995? Mais de 6 mil pessoas faleceram e, entre os sobreviventes, mais de um terço da população desenvolveu doenças de pele. A partir daí, muitas pesquisas se dedicaram a estudar a relação entre o estresse e as dermatites e, em todos os casos, concluiram o que muitas pessoas que sofrem com problemas de pele já sabiam: irritação, preocupações e tensão podem piorar os sintomas ou desenvolver novos quadros. Em outras palavras, o corpo precisa lidar com o estresse e tem na pele uma excelente via para canalizar e comunicar seu sofrimento.

No entanto, este processo só ocorre caso faltem estratégias pessoais adequadas para superar o estresse que as eventualidades ou a vida cotidiana provocam (por exemplo, acompanhamento psicoterapêutico, hábito de praticar meditação ou mesmo um espaço entre os afazeres diários para simplesmente se dedicar a atividades prazerosas). Com estratégias saudáveis para contrapor o inevitável estresse, o corpo pode dispensar a somatização na pele. Por isso, lhe pergunto: quais opções de enfrentamento do estresse você têm oferecido ao seu corpo?

Por Ananda Figueiredo 25/08/2017 - 08:00

Você conhece alguém teimoso? Claro, não estamos falando de você ;)

 Merim Bilaliće e Peter McLeod, ambos doutores em Psicologia, após anos de teimosia dedicação ao tema, identificaram o que chamam de efeito Einstellung. Em uma tentativa grosseira de traduzir, poderíamos dizer que trata-se de uma fixação funcional do cérebro em respostas ou explicações por ele já conhecidas. Em outras palavras, diante de um problema, o cérebro de qualquer um de nós caminha rapidamente para uma solução familiar - aquela que primeiro vem à mente. A diferença entre você e os teimosos que conhece é que eles se atém muito fortemente à esta resposta e ignoram todas as outras possibilidades, ou seja, dão-se por satisfeitos com sua solução confortável e, diante disto, pre-ci-sam defendê-la.

"Um amigo meu" é teimoso e, diante desta explicação, argumentou que a fixação funcional é útil, afinal, se algo conhecido dá conta de solver o problema, para que buscar novas soluções? É claro que não há motivo para tentar várias técnicas diferentes toda vez que precisamos novamente desempenhar determinada atividade. O problema deste atalho cognitivo é que ele pode inibir a busca de soluções mais eficientes ou apropriadas.

Pois bem, o que fazemos então?

Minha sugestão: desconfie de suas certezas e não se contente tão facilmente com as aparentes boas soluções. E, caso a teimosia seja uma armadilha inevitável para você seu amigo, diga a ele para teimar na busca por melhores respostas!

 

 

Por Ananda Figueiredo 26/08/2017 - 22:00 Atualizado em 26/08/2017 - 23:55

Em cada fase de desenvolvimento da criança, nos preocupamos com algo que ela precisa aprender: escovar os dentes, comer sozinho, ler, escrever... Mas você, adulto, lida bem com as emoções no dia a dia? Pergunto isso porque, vale lembrar sempre, não faremos bem aquilo que não aprendemos com qualidade - sobretudo quando crianças.

Quanto menores as crianças são, em geral, menor seu repertório emocional. É bem provável, por exemplo, que seus filhos e filhas, durante um momento de frustração, já tenham dito que odeia você. É claro que o ódio do qual ele fala não é o que nós, adultos, conhecemos. Na verdade, é mais uma questão de vocabulário, de repertório. Fácil imaginar, por exemplo, que a criança não sabe o que é agridoce – ou é doce, ou é salgado. O mesmo ocorre com relação às emoções – neste caso, ou é amor, ou é ódio.

Se, no entanto, o paladar se desenvolve espontaneamente,  é preciso um processo educativo das emoções. Assim como é possível aprender as letras e associá-las à palavras e sons, os sentimentos também podem ser identificados e atrelados aos comportamentos. E o processo é bem simples, são só três passos:

1: Identificação: Neste momento, seu papel é ajudar seu filho a reconhecer o que está sentindo. Quando ele chorar ou estiver com raiva, por exemplo, que tal substituir o “não foi nada” por “eu sei que você está com raiva” ou “sei que você está se sentindo de determinada forma”?

2: Expressão: Uma vez que ele aprendeu a dar nome ao que sente, é hora de encontrar maneiras para que ele expresse de forma saudável. Ao invés das clássicas mordidas, por exemplo, onde seu filho poderia canalizar esta energia? Esportes, artes, passeios no parque, entre tantas outras opções, podem resolver esta questão.

3: Controle: Quando a criança já identificou o sentimento e já conseguiu expressá-lo,  deixa de reagir tomada por impulso. Isso faz com que ela se sinta mais autoconfiante e segura e que lide melhor com as dificuldades que surgirem na escola ou até na família.

Na prática, então: não minimize o que a criança está sentindo e aproveite os momentos em que a própria criança, personagens de desenho e até mesmo você estiver sob forte influência das emoções para conversar e alfabetizar sobre esta emoção ou sentimento. E, principalmente, não esqueça de dizer que a ama!

Por Ananda Figueiredo 27/08/2017 - 15:30 Atualizado em 27/08/2017 - 16:37

Em algum momento da sua vida, você já tomou algum antitérmico, analgésico ou relaxante muscular, certo? Imagino que também possa afirmar que você já tenha tomado mais de uma vez e, inclusive, sem receituário médico. Como sabe, então, que a medicação foi eficaz? Suponho que você esteja pensando agora: "Ora, Ananda, porque deixei de sofrer com a dor que estava sentindo."

Ok! Vamos falar então de outra abordagem terapêutica, focando nos resultados que ela tem oferecido no tratameto dos mais diversos sofrimentos: a psicoterapia. Ainda nos anos 1800, ao atender Bertha Pappenheim (que, nos escritos, foi chamada de Anna O.), paciente que sofria de alucinações histéricas, sonambulismo e se recusava até a beber água, Freud teve uma sacada genial: expressar em voz alta pensamentos opressores e resgatar lembranças traumáticas causam efeitos benéficos não só à mente, mas também ao corpo.  Desde então, muitas pesquisas têm sido realizadas neste campo e, aqui, focaremos em duas da área das neurociências, recentemente concluídas.

No ano passado, a Universidade de Amsterdã submeteu 20 pessoas com transtorno do estresse pós-traumático (distúrbio que geralmente atinge quem passa por traumas como sequestro, acidentes graves e abuso sexual) a sessões semanais de psicoterapia psicanalítica durante quatro meses. Enquanto isso, outras 15 pessoas com o mesmo diagnóstico ficaram num grupo sem tratamento. Ao final deste período, o cérebro de quem fez terapia mudou: houve mais atividade em regiões do córtex pré-frontal, o que, na prática, significa dizer que o tratamento deu alívio a sintomas que têm estreita relação com traumas, como o estado de alerta permanente e recordações que geram intenso sofrimento, que se manifestam em pesadelos e pensamentos recorrentes.

Antes disso, uma pesquisa semelhante realizada na Universidade de São Paulo, também com pacientes com estresse pós-traumático, concluiu que aqueles que foram às sessões de psicoterapia tiveram mais atividade no córtex pré-frontal e menos na amígdala. Como esta parte do cérebro regula nossa sensação de medo, a relação é direta: a terapia reduziu o medo e a ansiedade dos pacientes.

Você pode, ainda, perguntar àqueles que já fizeram psicoterapia, por qualquer razão que seja. Vou inserir aqui o feedback de um paciente que atendi alguns anos atrás (ele autorizou a reprodução):

"Está sendo de suma importância para a melhora da minha qualidade de vida, me ajudando a abrir portas que eu não imaginava que pudesse conseguir, estou conseguindo mudanças na forma de sentir e reagir. Décadas de muita angústia e sofrimento, mas subi degraus e minha autoestima saiu do zero. Do receio e apreensão que tive nas primeiras sessões, hoje tenho prazer, fortalecimento gradativo e esperança."

Por que estou escrevendo sobre isso? Porque hoje, dia 27 de agosto, é o dia do psicólogo - parabéns, queridos colegas! E, especialmente, para agradecer cada paciente que à mim confia a honra de conhecer suas mazelas e tocar em seu sofrimento para, juntos, construirmos uma vida mais leve, saudável e feliz. E, ainda, para dizer para você, caro leitor, que é possível, bem possível, resolver seu problema e dar fim ao seu sofrimento, com a mesma certeza que você tem quando toma um antitérmico, analgésico ou relaxante muscular. Criciúma e região têm excelentes profissionais, tenho certeza que você encontrará um psicólogo ou psicóloga para chamar de seu ;)

Por Ananda Figueiredo 28/08/2017 - 19:30 Atualizado em 28/08/2017 - 22:46

Muitas famílias me procuram se queixando da dificuldade de dizer “não” para as crianças. O interessante é que também para os pequenos têm sido extremamente difícil conviver com tantos “nãos” que os adultos impõem. Além disso, e ainda mais importante: as crianças já não sabem mais diferenciar os "nãos" que são temporários – a maioria (por exemplo, não suba na cadeira) daqueles que são para sempre – poucos, mas importantíssimos.

Você conhece aquela máxima de que "criança precisa de limite"? De tanto insistirmos nesta afirmação, que é válida, mas precisa ser dosada, acabamos produzindo tantos "nãos" na vida das crianças que essa palavra passou a ser vazia de sentido. Chegamos a um ponto em que “não” significa absolutamente nada para eles. Ouvir “não” é, portanto, comum.

Desde muito pequena, a criança ouve a mãe e o pai dizerem muitos "nãos”, mas será que todos são necessários? Dizer, por exemplo "Não jogue isso no chão", "Não brinque com a comida", "Não estrague seu brinquedo", "Não suba no sofá com sapato", "Não espalhe água no banho", etc, é, realmente, necessário?

Em minha experiência, estes seriam os “nãos” desnecessários. Isso porque, com crianças em casa, quem precisaria ter mais limites são os pais e não os filhos. Somos nós, pais e mães, que devemos, por um período, renunciar a alguns prazeres – como o de ter uma casa cheia de enfeites e completamente limpa. Somos nós que devemos acompanhar a criança brincando e explorando o mundo, e não proibi-la de fazer isso. Somos nós que precisamos entender que água, comida na roupa, sujeira, são coisas de criança e fundamentais para o seu desenvolvimento.

Portanto, economize nos “nãos” para usá-los quando realmente forem importantes. Por exemplo: em vez de dizer "não mexa no celular agora", que tal guardar o celular por esse período? Simples atitudes como esta costumam ser bem mais eficientes e, o melhor, fazem com que a criança entenda o valor do “não” e o respeite muito mais quando ele for realmente relevante. Afinal, é mais importante manter a casa em ordem ou ensinar à criança os valores fundamentais de sua família?

Por Ananda Figueiredo 29/08/2017 - 20:00

Ah, como é bom dormir, não é mesmo? E se eu lhe disser que, além de todos os benefícios que já conhecemos, dormir nos deixa mais inteligentes?

O professor Sean Drummond, da Universidade da Califórnia em San Diego, afirma que o sono tem influência direta sobre a nossa capacidade de concentração, resolução de problemas e aprendizagem. De acordo com as suas pesquisas mais recentes, um adulto em estado de vigília contínua por 21 horas tem aptidões equivalentes às de alguém alcoolizado - alcoolizado mesmo, a ponto de não conseguir dirigir! O mesmo pode acontecer se passarmos duas ou três noites seguidas dormindo muito tarde e acordando muito cedo, ou seja, dormindo menos horas do que nosso corpo necessita (veja a imagem abaixo).

Quantas horas você precisa dormir para ser inteligente? P.s.: e saudável!

Neste sentido, é como se dormir bem (obviamente sem excessos) nos tornasse mais inteligentes – pelo menos mais do que podemos ser quando passamos tempo demais acordados. Uma pesquisa desenvolvida com 191 adultos na Universidade de Lübeck, na Alemanha, mostrou que dormir bem durante a noite é fundamental para nos lembrarmos melhor do que aprendemos. Tecnicamente, isso acontece porque, durante o descanso, ocorre a síntese de proteínas responsáveis pelo desenvolvimento de conexões neurais, necessárias para aprimorar habilidades como a memória. Quando dormimos, nosso cérebro seleciona as informações acumuladas, guardando aquilo que considera importante, descartando o supérfluo e fixando, assim, as lições que aprendemos ao longo do dia. Por esse motivo, é comum que pessoas que dormem mal tenham dificuldade para lembrar de situações simples, como episódios ocorridos no dia anterior ou nomes de pessoas próximas.

Vale lembrar ainda que diversos sistemas corporais são afetados de forma negativa pelo sono inadequado: coração, pulmões, rins, apetite, metabolismo e controle de peso, função imunológica e resistência a doenças, sensibilidade à dor, tempo de reação, humor e função cerebral. Por isso, o sono ruim também é fator de risco para o desenvolvimento de doenças, como as cardiovasculares, o câncer - especialmente o de mama e o acidente vascular cerebral (o popular "derrame"), além de aumentar o peso e nos deixar mais propensos aos resfriados. Do ponto de vista da doença mental, dormir mal também é um fator de risco para a depressão e abuso de substâncias, principalmente entre pessoas com transtorno de estresse pós-traumático. 

Por isso, o que você está esperando? Saia já da internet e vá dormir - boa noite!!!

Por Ananda Figueiredo 30/08/2017 - 17:10 Atualizado em 30/08/2017 - 19:49

Meninas de todas as gerações já escutaram a frase imperativa "Senta igual mocinha!", ou ainda "Você não pode fazer isso porque isso não é coisa de menina!" - considerando que coisa de menina é algo ligado à delicadeza, doçura, passividade e ao cuidado, sobretudo com a aparência física. Mas, feliz e finalmente, isso vem mudando exponencialmente.

Como toda mãe, Kate Parker costuma tirar fotos do cotidiano de suas duas filhas. No entanto, além de mãe, Kate é também fotógrafa e, ao analisar seus registros, percebeu a autenticidade das filhas e de suas amigas quando fotografadas espontaneamente. Percebendo que os comportamentos registrados iam na contramão dos estereótipos de gênero, Kate transformou suas fotografias em um projeto chamado Strong is the New Pretty: a Celebration of Girls Being Themselves (em tradução livre, Forte é o Novo Bonito: Uma Celebração de Meninas Sendo Elas Mesmas), que se converteu em um livro de mesmo nome, publicado recentemente nos Estados Unidos. A obra reúne 175 fotos de suas filhas e outras garotas sendo autênticas em diversas atividades - de um mergulho na piscina até a luta contra um câncer. O intuito, de acordo com o prefácio do livro, é mostrar que a beleza feminina não está ligada a características e comportamentos predeterminados, mas sim a aceitação em ser quem se é - coisa que as crianças já entenderam muito melhor do que nós, adultos. 

Confira algumas fotos:

Tem beleza maior do que a felicidade das crianças estampada nestas fotos? 

 

Livro: Strong is the New Pretty: a Celebration of Girls Being Themselves, de Kate Parker, da Workman Publishing . 

Por Ananda Figueiredo 31/08/2017 - 11:50 Atualizado em 31/08/2017 - 12:13

O bebê sentou sozinho – click. Se lambuzou de papinha – click. Primeiro dia de escola – click.

Se, quando éramos crianças, os registros da infância eram guardados como preciosidades raras em empoeirados álbuns de família, hoje é fato que ganharam um novo espaço: as redes sociais. Acrescenta-se ai a facilidade, agilidade e gratuidade do ambiente virtual e pronto, já não é mais necessário esperar por uma ocasião especial.

A prática de compartilhar fotos dos filhos nas redes sociais se tornou tão popular e comum que ganhou até nome: sharenting, neologismo que resulta da fusão de duas palavras do inglês que significam "compartilhar" e "pais". Com o crescimento da prática, cresceram também as pesquisas sobre o sharenting, a exemplo de uma publicada recentemente, realizada nos EUA, que concluiu que 96% dos usuários do mundo compartilham suas informações na internet e 66% dos pais e mães postam nas redes sociais fotos e vídeos de seus filhos. Considerando que recentemente, o facebook anunciou que chegou ao incrível número de 2 bilhões de usuários - ou seja, 26% da população mundial - parece que misturar a vida real com a digital já é um caminho sem volta. Mas, então, como podemos agir para que não seja necessário abandonar as redes sociais, mas sem colocar nossos filhos e filhas em risco?

Primeiro: evite mostrar detalhes da rotina de seus filhos, especialmente se a foto revelar muitas informações, como o uniforme com o nome da escola, os horários de chegada e saída, a selfie em frente a placa com o nome do prédio em que mora. Os check-ins também são reveladores e podem indicar onde as crianças estão e - ainda mais perigoso - quando estarão sozinhas.

Além disso, parece óbvio, mas não é: jamais poste fotos de partes ou situações íntimas. Eu já vi postagens de fotos de crianças usando o vaso sanitário pela primeira vez ou até tomando banho (eu sei que você deve ter uma foto tomando banho, mas é bem provável que ela esteja guardada em segurança dentro de sua caixa de fotografias). Em grupos virtuais de mães, voltados inicialmente para a troca de opiniões e experiências, é comum ver fotos de genitais de crianças acompanhadas de pedidos de informações sobre assaduras ou outros problemas de pele. É simples dizer que essas fotos podem cair em mãos erradas e, assim, receber conotação maliciosa. Além do que, será que, no futuro, essa foto não poderá servir de chacota para seu filho?

Se a vontade de dividir um momento fofo de seu filho ou filha é incontrolável, tudo bem! Mas que tal postá-la no grupo da família ou então definir melhor a privacidade da postagem - apenas entre familiares e amigos próximos, por exemplo? Eu sei que seu filho é a criança mais linda e encantadora do mundo e que você quer que todos saibam disso, no entanto, será que vale o risco de nos tornarmos os criadores de situações constrangedoras ou perigosas para nossas crianças?

Por Ananda Figueiredo 01/09/2017 - 14:30 Atualizado em 01/09/2017 - 15:06

Desde 2014, setembro é o mês da conscientização e prevenção do suicídio. A necessidade de discutir e informar sobre se dá em virtude de que, infelizmente, não raras vezes ficamos sabendo de pessoas que adoeceram a ponto de não suportar mais seu sofrimento e, assim, deram fim a sua vida. Estima-se uma média de 45 suicídios por dia no Brasil e, no mundo, são um a cada 40 segundos. Santa Catarina é o segundo estado com maior número de suicídios no país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, e, a partir de um levantamento realizado pelo Centro de Valorização da Vida - CVV, agora também temos os números de nossa região:

Em menos de dois anos, 110 pessoas cometeram suicídio na regiaõ da Amrec. Os números assustam, não é mesmo? E se eu lhe disser, caro leitor, que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 a cada 10 casos poderiam ser prevenidos e, assim, evitados, se tivéssemos mais informação, discussão e conhecimento sobre o assunto?  Se esta fosse nossa realidade, de acordo com esta estimativa, 99 pessoas ainda estariam conosco, recebendo tratamento adequado e com condições de viverem de forma mais saudável e feliz.

Portanto, neste mês, vista-se de amarelo - não só na camiseta, vista-se de informação. Em todas as segundas e sextas-feiras de setembro você encontrará aqui no blog textos sobre o tema. Além disso, se tiver alguma sugestão ou dúvida, deixe seu comentário aqui embaixo. Vamos, juntos, falar em nome da vida.

Por Ananda Figueiredo 02/09/2017 - 20:00 Atualizado em 02/09/2017 - 20:53

É um simples dispositivo, pequeno, com três pontas cujo objetivo é… fazê-lo girar. Falando assim não parece que seria atrativo frente aos videogames e demais dispositivos móveis, não é mesmo? Mas o fato é que o Spinner virou febre entre as crianças, adolescentes e, pasme, os adultos.

O brinquedo do momento não é, exatamente, uma novidade. Criado por Catherine Hettinger no início dos anos 1990,  era destinado essencialmente a crianças com autismo ou com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com o objetivo de reduzir o estresse e estimular a concentração. A questão é que, apesar de inicialmente ter tido esta finalidade, afirmar que o Spinner é terapêutico nos dias atuais é uma grande fraude.

Não existe remédio milagroso para o estresse cotidiano, quiçá para o TDAH. Conseguir fazer com que uma criança com déficit de atenção se concentre em algo que se move é simples, mas não produtivo, já que não tem repercussão no longo prazo. O Spinner não regula o sistema atencional, que é o que realmente precisa ser trabalhado nesses casos. Por isso, o importante é trabalhar com a criança a fim de que ela consiga se concentrar sozinha por tempo suficiente para a conclusão da tarefa - a conquista está em sua independência e em superar sua marca pessoal.

Portanto, tudo bem brincar com Spinner! Desde que não atribuamos a ele uma função terapêutica, vamos aproveitar o que ele, de fato, pode nos oferecer: diversão!

Por Ananda Figueiredo 03/09/2017 - 16:10 Atualizado em 03/09/2017 - 17:28

Início da tarde de 29 de agosto e já está em todas as redes sociais: um homem se masturbou e ejaculou no pescoço e no rosto de uma mulher dentro de um ônibus na Avenida Paulista. Ele foi preso e, logo em seguida, solto pela justiça do estado de São Paulo.

Manhã de 02 de setembro: o mesmo homem foi detido após esfregar seu pênis no ombro de uma passageira e de impedi-la de de fugir, interceptando sua passagem.

Vítima é consolada após passageiro de ônibus ejacular no seu pescoço e rosto. Homem foi solto por juiz que não entendeu por crime de estupro.

O que se lê por todos os lados é a afirmação, por parte da população geral e dos profissionais da área do direito, de que ele é doente mental e que não irá parar. Mas e a psicologia, o que diz a respeito?

Tecnicamente, o ato é comportamento característico do frotteurismo, termo que deriva da palavra francesa frotter (esfregar) ou frotteur (aquele que faz fricção). É uma desordem mental caracterizada por uma excitação sexual intensa e recorrente que resulta do ato de tocar ou se esfregar em uma pessoa sem o seu consentimento. Ele integra o grupo dos transtornos parafílicos, ou seja, de ordem sexual, e é possível tratá-lo através da combiação psicoterapia + tratamento psiquiátrico.

Dito isto, me chama, particularmente, a atenção o fato de que todos os estudos apresentam que mais de 95% dos indivíduos diagnosticados com frotteurismo são homens, alguns chegando a 98% de prevalência masculina. Enquanto isso, ao menos entre os meus amigos e amigas nas redes sociais, eu arriscaria dizer que a comoção e revolta frente ao caso tem números inversamente proporcionais (caro leitor homem, você poderia, por favor, me explicar como consegue passar indiferente por fatos como este?). Apesar disso, ainda que as redes sociais nos permitam manifestar nossa indignação, não são, exatamente, canais de mudança e transformação da cultura do machismo - tão arraigada em nossa sociedade e produtora de comportamentos tão disfuncionais e agressivos quanto este.

E não, caros leitores, não se trata de um ato isolado. Infelizmente, é pouco provável que alguma de vocês, colegas leitoras, nunca tenha sido vítima de assédio - como eu gostaria de estar enganada! Por isso, para além do diagnóstico de um transtorno mental, para além do uso inequívoco da imputabilidade dos réus no judiciário brasileiro, para além dos discursos de ódio, para além do comportamento justiceiro, por favor, interrompam o ciclo de reprodução do machismo. O ano é 2017, não combina mais. A sociedade não tolera mais. As mulheres não aguentam mais.

Por Ananda Figueiredo 04/09/2017 - 11:30 Atualizado em 04/09/2017 - 12:04

"Eu vou me matar". Diante desta frase, ainda há uma crença social de que a pessoa que, de fato, quer cometer suicídio, não anuncia. MITO!

Como podemos tratar com naturalidade este comportamento? Você consegue acreditar, realmente, que alguém saudável conseguiria cogitar esta frase como estratégia para chamar a sua atenção?

Pessoas doentes, em sofrimento intenso, pedem ajuda e deixam sinais. Um deles é comentar sobre suas ideações suicidas com pessoas em que confiam. Por isso, caso ocorra com você, vou deixar uma lista do que poderá fazer para ajudar:

1) Edwin Schneidman, referência no tratamento de pacientes com ideação suicida, indica que a primeira reação deve ser as seguintes perguntas: "Onde dói e como eu posso ajudar?". Colocar-se verdadeiramente a disposição para dar suporte e auxiliar no processo de reconstrução deste sujeito que tanto sofre é o primeiro passo para evitar a ação suicida;

2) Acompanhe a pessoa em sofrimento para um profissional de saúde mental - psicólogos e psiquiatras poderão ajudar. Se a questão for financeira, o posto de saúde do seu bairro poderá dar adequado encaminhamento. Caso haja resistência, enquanto ação paliativa, vale conversar com o padre, o pastor, o diretor da escola, o agente de saúde, enfim, com alguém que possa lhe auxiliar no suporte das angústias da pessoa que sofre até que ela aceite a ajuda profissional.

E lembre-se sempre: entrar no assunto com a pessoa, perguntar como se sente, como estão os pensamentos suicidas, não a incentivará a agir! Pelo contrário, ela sentirá que tem em você alguém disposto a compartilhar com ela este momento de tanta dor.

Por Ananda Figueiredo 05/09/2017 - 14:45 Atualizado em 05/09/2017 - 15:00

Irmãos gêmeos, meios-irmãos, irmãos adotivos e até primos-irmãos... existem muitas formas de se ter um irmão! Mas, sabem o que não existe? Ex-irmão. As configurações familiares têm se modernizado e ampliado, mas eles continuam lá: presentes em cada minuto de nossas vidas.

É verdade que eles brigam - quase sempre. Mas também é verdade que eles se amam - quase sempre. Na última década, a ciência descobriu outra verdade: que os irmãos podem ser mais importantes que os pais e mães no desenvolvimento da criança. Isso porque, enquanto a relação com os adultos é vertical – eles mandam, as crianças obedecem - a relação entre irmãos é um ensaio para a vida.

Os irmãos não são escolhidos, como os amigos. São as pessoas com quem você divide a casa, a família, o animal de estimação, os brinquedos, tudo sem ter pedido. Por isso, aprender a negociar com eles é um passo importante. São eles quem ensinam, na prática, a dividir na marra objetos e afetos; é com os irmãos que se tem contato com a dinâmica complexa de viver em sociedade, onde é necessário fazer concessões, perseverar, lutar por seus direitos, enfim, conviver.

Além disso, possivelmente serão eles os nossos primeiros amigos, com quem teremos nossas primeiras lembranças e os nossos primeiros aliados e cúmplices - desde a infância, na hora da bagunça ou da bronca, até a vida adulta, nos oferecendo suporte diante das eventualidades da vida.

Diferença, respeito, amor, inveja, rivalidade, admiração são palavras que fazem parte do relacionamento entre irmãos. Está tudo ali: uma relação para a vida toda, que vai acontecendo a cada aniversário, discussão, viagem, brincadeira. A maior verdade de todas? Estarão ligados para sempre.

Feliz dia do irmão!

Ps: Te amo, mana!

Maisa Figueiredo quando ainda usava chupeta (e o style dos anos 90)

 

Por Ananda Figueiredo 06/09/2017 - 11:45

Iniciei este texto pelo título, dei a ele um nome antes mesmo de elaborá-lo. Traçado o nome, não pude mais escapar dele na construção, palavra a palavra, do que quero lhes dizer hoje, caros leitores. Bem, se um nome faz isso por um texto, o que pode fazer por nós?

Ainda na Grécia Antiga, os filósofos pré-socráticos acreditavam que o nome de alguém podia apreender seu verdadeiro ser. Na maior parte das populações indígenas, o nome tem lugar central: podem indicar posições e títulos sociais ou, no caso dos Araweté, tribo brasileira do estado do Pará, por exemplo, uma individualidade tão marcada a ponto de não poder haver duas pessoas vivas com o mesmo nome.

Em nossa cultura, o nome é meu cartão de apresentação: ele me identifica e me permite existir na sociedade (minha certidão de nascimento leva meu nome e, a partir dela, consigo fazer todos os outros documentos que me permitem exercer minha cidadania). Além disso, na perspectiva da psicologia, entendemos que é uma carta que revela as expectativas da família sobre aquele novo ser. "Minha mãe escolheu este nome porque é forte", ou seja, ainda que inconscientemente, espera essa força de mim; "recebi o nome de meu avô" é um sinal de que ele era uma pessoa admirada e bem quista na família e que anseiam que eu também carregue essas características; "meu nome foi tirado de um ator de novela" nos faz pensar o que destacou esse ator entre todos os que existiam na época. Enfim, muitas são as estórias por trás da escolha do nome - e muitas delas carregam um fardo.

A questão aqui é: você se chama como se chama por uma projeção dos seus pais ou apenas por um modismo de época?

Sugiro uma conversa com sua família a esse respeito. Por hora, que tal conhecer quantas outras pessoas possuem o mesmo nome que o seu aqui no Brasil? Ainda que as expectativas difiram, esta ferramenta do IBGE nos permite conhecer a evolução de popularidade do nosso nome, em quais estados temos mais homônimos e quantos nasceram na mesma época que nós. Confira aqui e comente o resultado! Eu já fiz o meu e, pasme, existem outras 13.230 Ananda’s neste brasilzão.

Ps: Se você conhece alguma delas, por favor, me apresenta!

Por Ananda Figueiredo 07/09/2017 - 08:30

Pesquisadores da Universidade  Estadual de Ohio fizeram uma série de estudos que mostram que o jeito mais fácil de acabar com a diversão de qualquer atividade é ter um cronograma para ela. Segundo eles, o planejamento pode fazer qualquer atividade legal ficar com cara de trabalho.

O primeiro teste que eles fizeram era só hipotético. Eles mostraram um cronograma de estudos para dois grupos de voluntários e pediram que cada um imaginasse que aquela era sua programação para a próxima semana e que eles teriam que encaixar uma saída para tomar sorvete com um amigo: um grupo marcava o passeio para daqui a dois dias e anotava no calendário, enquanto o outro tinha que imaginar que tomava sorvete em qualquer buraco que aparecesse na sua agenda. O que aconteceu? O grupo que aproveitou o sorvetinho espontâneo, mesmo que imaginário, saiu da experiência bem mais feliz que o grupo organizadinho que programou a saída com antecedência.

No segundo momento, os cientistas fizeram testes mais práticos. Em um experimento online, ofereceram uma série de vídeos do Youtube para os voluntários escolherem. Um grupo assistia o vídeo na hora, outro grupo só recebia o link em um horário específico. De novo, as pessoas que mais curtiam a experiência de assistir aos videozinhos eram aquelas que não tinham que se encaixar a um cronograma regrado.

Para os pesquisadores, os resultados mostram que, por mais legal que uma atividade seja, ela é bem mais aproveitada quando não temos que programá-la com antecedência. Os participantes associavam regras e cronogramas à compromissos e obrigações, diminuindo o prazer que sentiam com qualquer atividade de lazer. Esse estudo pode explicar, por exemplo, porque, quando fazemos muitos planos para férias ou feriados, acabamos voltando ao trabalho mais cansados do que saímos.

De qualquer forma, também não é preciso se entregar ao caos para curtir o tempo livre - é só não exagerar. Em mais um dos experimentos dos estudos, os pesquisadores montaram uma banquinha de café e bolachas grátis durante a semana de provas da universidade. Os alunos recebiam tickets para buscar seu lanche: alguns dos tickets eram flexíveis, válidos por um intervalo de duas horas, enquanto outros eram bem radicais: “esteja aqui às 17h20 ou perca seu café", por exemplo.

Segundo os pesquisadores, ter esse intervalo flexível, mesmo que programado, já era suficiente para diluir os efeitos negativos de ter que programar seu tempo livre. A dica deles, nesse caso, é aproveitar o feriadão para marcar algo “a noite”, ou “no fim da tarde”, sem um horário específico. Assim, você garante o máximo de diversão possível, sem semelhança nenhuma com o fantasma da reunião de segunda-feira ;)

Por Ananda Figueiredo 08/09/2017 - 18:15 Atualizado em 08/09/2017 - 21:20

Uma menina sobe no telhado da casa e tenta pular, mas é impedida pelos vizinhos. Um garoto chega ao consultório com um encaminhamento do hospital, onde foi atendido depois de engolir várias moedas e um garfo. Apenas duas histórias que aconteceram em nossa região nos últimos anos. Apenas duas crianças - a primeira de oito, o segundo de dez anos.

A depressão e, por consequência, a tentativa de suicídio na infância estão se tornando mais comuns nesta década, segundo diferentes levantamentos. Conforme a publicação Mapa da Violência, que se baseia em dados coletados pelo Ministério da Saúde, as faixas em que as taxas de suicídio mais cresceram no Brasil, entre 2002 e 2012, foram as dos 10 aos 14 anos (40%) e dos 15 aos 19 anos (33,5%).

Considerando que a campanha Setembro Amarelo defende que a informação é a principal forma de combater o suicídio, eu listei alguns fatores que, em crianças e adolescentes, podem dar indício de que há algum risco. 

Uso de álcool e drogas: são muitas vezes uma forma de fugir dos problemas e, além disso, podem favorecer algum estado depressivo. Há relatos de uso cada vez mais precoce.

Desorganização familiar: a sensação de abandono e de falta de atenção pode levar a criança a atitudes extremas.

Depressão: os adolescentes, especialmente, têm dificuldade em lidar com a depressão. Podem reagir com raiva e agressividade.

Alterações de conduta: tornar-se agressivo, começar a faltar às aulas, piorar o desempenho escolar, dormir demais ou muito pouco, comer muito ou quase nada e isolar-se são mudanças de comportamento que devem ser acompanhadas de perto.

Gravidez na adolescência: em alguns casos, meninas que tentam abortar e não conseguem acabam tentando suicídio.

Abuso e maus-tratos: abusos sexuais e físicos podem estar relacionados às tentativas.

Conhecimento de outros casos: crianças e adolescentes são mais sugestionáveis. Dados mostram que muitas das tentativas são feitas por quem conhece outra pessoa que já tentou se matar, seja na família ou na escola.

Autolesões: está mais comum entre crianças e adolescentes a prática de infligir lesões em si mesmo, principalmente com lâminas ou estiletes.

Tentativas anteriores: quem já tentou se matar uma vez tem mais probabilidade de tentar de novo, e o mesmo serve para crianças e adolescentes.

Todos estes alertas não substituem o maior termômetro: observe seu filho e filha! Caso note alguma mudança no comportamento, aproxime-se e o questione, acompanhe de perto, permaneça atento e procure ajuda profissional!

Por Ananda Figueiredo 09/09/2017 - 18:20 Atualizado em 09/09/2017 - 18:28

Uma equipe de cientistas liderada pelo médico Kalipada Pahan, da Universidade Rush, em Chicago, submeteu ratinhos a testes de memória e aprendizagem em labirintos. Dessa maneira, os pesquisadores descobriram quais camundongos eram "bons alunos" e quais eram "maus alunos". Em seguida, eles acrescentaram canela à dieta de alguns dos ratos maus alunos – os outros seguiram com sua dieta normal (procedimento básico na pesquisa científica, que mantém um grupo sem estimulação para que se possa comparar os resultados). Em seguida, os cientistas repetiram os testes cognitivos e o resultado foi: quando comem canela, ratinhos maus alunos passam a ter um desempenho quase tão bom quanto os ratinhos bons alunos.

O bom resultado provavelmente se deve ao efeito da canela no hipocampo, área do cérebro fundamental para a formação de novas memórias e para a aprendizagem. Ratos metabolizam a canela e produzem benzoato de sódio, uma substância química que age no hipocampo e que é usada na medicina no tratamento de danos cerebrais.

O próximo passo é verificar se os mesmos efeitos benéficos se repetem em humanos. Enquanto isso não acontece, já passei na padaria e comprei um pãozinho de canela para comer antes da próxima aula.

Por Ananda Figueiredo 10/09/2017 - 10:00

Amanhã é segunda-feira, o momento não é dos mais fáceis para se conseguir um emprego e, com isso, muitas pessoas tendem a supervalorizar suas habilidades no currículo e na entrevista.

Inglês? Fluente!

Corel Draw? Avançado!

Excel? Avançado!

Meu alerta de hoje é: cuidado! Vamos considerar que, se tudo der certo, você será contratado. E aí, no primeiro dia de trabalho, você precisa usar de sua fluência no idioma ou no domínio do software. Resultado? Esse aí embaixo:

Cuidado para não sair tonto e, ainda, desempregado novamente!

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