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Suicídio na infância: precisamos falar sobre

Por Ananda Figueiredo 08/09/2017 - 18:15 Atualizado em 08/09/2017 - 21:20

Uma menina sobe no telhado da casa e tenta pular, mas é impedida pelos vizinhos. Um garoto chega ao consultório com um encaminhamento do hospital, onde foi atendido depois de engolir várias moedas e um garfo. Apenas duas histórias que aconteceram em nossa região nos últimos anos. Apenas duas crianças - a primeira de oito, o segundo de dez anos.

A depressão e, por consequência, a tentativa de suicídio na infância estão se tornando mais comuns nesta década, segundo diferentes levantamentos. Conforme a publicação Mapa da Violência, que se baseia em dados coletados pelo Ministério da Saúde, as faixas em que as taxas de suicídio mais cresceram no Brasil, entre 2002 e 2012, foram as dos 10 aos 14 anos (40%) e dos 15 aos 19 anos (33,5%).

Considerando que a campanha Setembro Amarelo defende que a informação é a principal forma de combater o suicídio, eu listei alguns fatores que, em crianças e adolescentes, podem dar indício de que há algum risco. 

Uso de álcool e drogas: são muitas vezes uma forma de fugir dos problemas e, além disso, podem favorecer algum estado depressivo. Há relatos de uso cada vez mais precoce.

Desorganização familiar: a sensação de abandono e de falta de atenção pode levar a criança a atitudes extremas.

Depressão: os adolescentes, especialmente, têm dificuldade em lidar com a depressão. Podem reagir com raiva e agressividade.

Alterações de conduta: tornar-se agressivo, começar a faltar às aulas, piorar o desempenho escolar, dormir demais ou muito pouco, comer muito ou quase nada e isolar-se são mudanças de comportamento que devem ser acompanhadas de perto.

Gravidez na adolescência: em alguns casos, meninas que tentam abortar e não conseguem acabam tentando suicídio.

Abuso e maus-tratos: abusos sexuais e físicos podem estar relacionados às tentativas.

Conhecimento de outros casos: crianças e adolescentes são mais sugestionáveis. Dados mostram que muitas das tentativas são feitas por quem conhece outra pessoa que já tentou se matar, seja na família ou na escola.

Autolesões: está mais comum entre crianças e adolescentes a prática de infligir lesões em si mesmo, principalmente com lâminas ou estiletes.

Tentativas anteriores: quem já tentou se matar uma vez tem mais probabilidade de tentar de novo, e o mesmo serve para crianças e adolescentes.

Todos estes alertas não substituem o maior termômetro: observe seu filho e filha! Caso note alguma mudança no comportamento, aproxime-se e o questione, acompanhe de perto, permaneça atento e procure ajuda profissional!

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