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Spinner terapêutico: verdade ou fraude?

Por Ananda Figueiredo 02/09/2017 - 20:00 Atualizado em 02/09/2017 - 20:53

É um simples dispositivo, pequeno, com três pontas cujo objetivo é… fazê-lo girar. Falando assim não parece que seria atrativo frente aos videogames e demais dispositivos móveis, não é mesmo? Mas o fato é que o Spinner virou febre entre as crianças, adolescentes e, pasme, os adultos.

O brinquedo do momento não é, exatamente, uma novidade. Criado por Catherine Hettinger no início dos anos 1990,  era destinado essencialmente a crianças com autismo ou com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com o objetivo de reduzir o estresse e estimular a concentração. A questão é que, apesar de inicialmente ter tido esta finalidade, afirmar que o Spinner é terapêutico nos dias atuais é uma grande fraude.

Não existe remédio milagroso para o estresse cotidiano, quiçá para o TDAH. Conseguir fazer com que uma criança com déficit de atenção se concentre em algo que se move é simples, mas não produtivo, já que não tem repercussão no longo prazo. O Spinner não regula o sistema atencional, que é o que realmente precisa ser trabalhado nesses casos. Por isso, o importante é trabalhar com a criança a fim de que ela consiga se concentrar sozinha por tempo suficiente para a conclusão da tarefa - a conquista está em sua independência e em superar sua marca pessoal.

Portanto, tudo bem brincar com Spinner! Desde que não atribuamos a ele uma função terapêutica, vamos aproveitar o que ele, de fato, pode nos oferecer: diversão!

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