A eleição de 2024 em Criciúma está em curso. 

Hoje, Arleu da Silveira e Ricardo Guidi são os principais protagonistas.

Os dois estão em campo.

Arleu (PSDB), candidato do prefeito Clésio Salvaro (PSDB), que não poderá disputar reeleição.

Guidi (PSD), cumprindo segundo mandato de deputado federal, tem o capital político do seu pai, Altair Guidi, e manifestações de apoio de políticos que não querem a continuidade do grupo de Salvaro no poder ou apenas preferem a mudança.

Clésio é aliado do deputado estadual Julio Garcia, comandante do PSD na região.

Julio indicou o vice de Salvaro nas duas últimas eleições.

Se Guidi desistir, Julio deve indicar o vice de Arleu, por ser o candidato de Salvaro.

Mas, se Guidi seguir em frente, Julio e o PSD devem respaldá-lo.

Guidi não será apoiado por Salvaro. Os dois têm relação protocolar. Não há relação de confiança.

Além de Guidi e Arleu, estão citados para disputar a prefeitura a deputada Júlia Zanatta (PL), o ex-deputado Jorge Boeira (PDT), vereador Paulo Ferrarezi (MDB) e Giovana Mondardo (PC do B).

O PP anuncia que também terá candidato.

Mas, Júlia tem que estreitar relação com Guidi e o apoiaria. Tentaria emplacar o vice.

Boeira não seria candidato a prefeito como foi candidato a governador, em vôo solo, ou para cumprir missão. Só se for candidato de uma ampla aliança.

Giovana prioriza reeleição como vereadora.

Ferrarezi busca vaga de vice.

Outros partidos devem lançar candidatos, mas seriam protagonistas no processo.

Arleu tem boas relações construídas na sua longa caminhada política, mas seu cacife para a eleição é o peso político de Salvaro, que é reconhecido por todos.

O desafio de Arleu é crescer na pesquisas até o final do ano.

O desafio de Guidi é conseguir liderar as forças políticas que não querem a continuidade do “Salvarismo”. 

Em paralelo, ou junto a isso, está o destino partidário de Clésio Salvaro.

Ele não ficará no PSDB. Pode ir para PP ou PSD.

No PSD, teria que partilhar o comando com Julio Garcia.

No PP, teria o comando de imediato.

PSD é maior e tende a crescer.

PP está em declínio.

Clésio não precisaria decidir agora sobre novo partido, pois só disputará eleição em 2026.

Mas, a eleição municipal e manutenção do comando político da cidade fazem ele decidir nos próximos meses, para dar cartas e participar da eleição municipal de 2024.