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Que não prendam o comandante!

Editorial desta quinta-feira (18)
Por Adelor Lessa 18/08/2022 - 07:44 Atualizado em 18/08/2022 - 08:13

Quando o comandante da Polícia Militar diz que o efetivo é caótico, nada mais a dizer. 
É porque chegou no topo.
Água bateu no teto.

Tenente-coronel Sandi Sartor, comandante da PM em Criciúma, disse isso, de viva voz, aqui ontem na Som Maior.
A declaração está no 4oito.

Isso é grave, muito grave.
Isso tem que produzir desdobramento. Tem que ter reação. 

Só espero que o desdobramento não seja a punição do comandante.

Porque o último comandante que fez manifestação semelhante em Criciúma, também desesperado com deficiência do efetivo, acabou preso. 

Foi punido pelo comando estadual da PM porque não deveria ter falado.

Ou seja, foi punido, e foi pra grade, porque não deveria ter contado para o cidadão pagador de impostos a gravidade da situação.

Mas, ele não tinha mais o que fazer.
Internamente, pelos canais competentes, pelos canais oficiais, já tinha queimado todas as etapas, falando com Deus e o mundo, gastado toda a sua saliva, e nada.
Nenhuma solução.

Resultado:

Ele foi punido, foi preso até, e nada foi resolvido. O efetivo continuou abaixo do necessário. E está até hoje.

Criciúma tem menor efetivo, proporcionalmente, que todas as cidades de seu porte no estado.

Nos últimos meses, está ficando ainda pior.
Porque policiais militares estão se aposentando e não tem reposição.

E não tem perspectiva.

Porque o Estado não tem escola de formação de policiais em operação, não tem edital lançado, não tem prova para acesso.

Sendo assim, numa projeção real, seguindo a normalidade, seguindo a regra da burocracia, Criciúma não terá reforço no efetivo em até dois anos.

Mas, vai perder policiais, que se aposentam, ou por licença, ou porque dão baixa por alguma razão.

A bandidagem avança, fica mais ousada, e o comando da força policial enxuga gelo. 

Não tem efetivo suficiente.

O efetivo é o menor do estado.

O efetivo de hoje da PM é o menor da sua história, guardadas as proporções.

Não poderiam ter deixado chegar nesse ponto.

Não poderia ter feito isso com Criciúma.
Isso é um desrespeito com a cidade.

Onde estão os políticos da cidade que não viram isso acontecendo?

Ou por que não deram ouvidos aos alertas e pedidos de atenção?

Tem que tratar disso com os candidatos. Tem que cobrar compromisso com isso.

Mas não apenas para o próximo mandato. Tem que ter providência de imediato.

Para amanhã.

Não pode continuar assim.

Ouça o editorial completo:

 

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