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Quando a política faz perder amigos

Sobre as amizades que David Coimbra perdeu por causa da política
Por Adelor Lessa 30/09/2020 - 07:25

David Coimbra, jornalista, trabalhou aqui em Criciúma na década de 90.
Na real, ele começou aqui como jornalista, vindo do Rio Grande com diploma ainda quentinho na mão.

Trabalhou alguns anos, foi embora, e depois voltou para implantar o jornalismo 24h na rádio Eldorado.

E retormou para o Rio Grande para se tornar uma das maiores expressões no jornalismo gaucho.

Hoje, é cronista destacado nacionalmente, autor de livros, colunista, apresentador de programa de radio na Gaúcha.

E mantêm uma paixão enorme por Criciúma.
Cada vez que falamos, ele diz que um dia ainda quer voltar a morar aqui.

Coisas de Criciúma, e dos seus encantos.
David escreveu ontem sobre amigos que perdeu por causa de política.

Um texto que recomenda a relfexão.
Especialmente no momento que vivemos.

David lembrou amizades de infância e acrescentou:

"Ainda mantenho contato com vários dos meus amigos de infância.
Tivemos trajetórias diferentes, temos histórias diferentes e, em muitos casos, pensamos de formas diferentes, mas a amizade continua firme e boa.
Em dois casos, porém, tive desentendimentos e me afastei de velhos amigos.
A política foi a origem dos atritos, mas não o motivo dos afastamentos.
A prova é que um caso ocorreu com um amigo de esquerda e o outro com amigos de direita.

Os amigos de direita começaram a espalhar fake news num grupo de WhatsApp a respeito de uma colega jornalista.     Pedi-lhes que não fizessem isso e dei os motivos: tratava-se de uma infâmia que atingia a família da minha colega, que é uma profissional correta, uma mãe zelosa e uma pessoa decente.
Eles prosseguiram com os ataques. Eu saí do grupo de WhatsApp.

Já o amigo de esquerda fez o que sempre fazem petistas e bolsonaristas quando não concordam com algo que ouvem ou leem: insinuou que eu estava emitindo determinada opinião para agradar a empresa na qual trabalho.

Não me importo quando este insulto parte de um leitor ou um ouvinte que nem conheço ou de um conhecido que é militante de partido, mas se isso vem de um amigo de infância, bem, aí há problemas sérios com nossa amizade. Decidi dar um tempo nas interações com meu amigo de esquerda".

E o arremate do texto é fatal :

"Repare que não fiquei chateado com meus amigos por razões políticas.
Fiquei chateado por coisas que eles fizeram por razões políticas.
Porque não me interessa se meu amigo gosta do Bolsonaro ou do Lula. A mim interessa se ele é uma pessoa leal e se seu afeto é genuíno.

O que estou dizendo é que a tão citada polarização política não é a causa real das divergências e das amarguras de hoje.
A causa real são os valores que as pessoas usam para avaliar o mundo e suas relações com as outras pessoas.
O que é mais importante para você? Uma ideia? Um partido? Uma causa? Uma religião?
A luta em favor dos desvalidos ou contra os preconceitos? Ou um amigo?"

E ponto.

Nada mais precisa ser dito.

Sábias palavras.
Pensa o que eu penso,  pensa como eu penso.

Pense nisso, reflita sobre isso ..

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