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Jogo de poker e o impeachment de Moisés

Por Adelor Lessa 05/08/2020 - 17:30 Atualizado em 05/08/2020 - 17:31

Bom jogador de poker sabe a hora de blefar.

E um blefe bem passado, na hora certa, pode decidir o jogo, ao convencer que tem o que não tem.

Pois, no "jogo do impeachment", os dois lados podem estar blefando.

Porque os dois dizem que tem os votos necessários.

Os aliados do Governador Moises garantem 17 votos contra o impeachment (precisam de 14).

Os adversários de Moisés cravam mais de 30 votos inamovíveis a favor do impeachment (são necessários 27).

Se não tivesse blefe, a Assembléia teria que ter 60 deputados (20 a mais do que tem) para fazer valer as contas dos dois lados.

Mas, isso também faz parte.

O que é fato é que os dois lados estão trabalhando muito nos bastidores.

Moisés está colocando todas as suas fichas no assédio ao MDB. Só que está recorrendo a quem não decide. E irritando quem tem o voto.

É fato que o Governador e seus operadores primeiro foram tratar direto com os deputados estaduais do MDB (que tem a maior bancada - 9 deputados).

Como não conseguiram atraí-los, foram às "instâncias superiores".

Moisés foi ao senador Dario Berger e os três ex-governadores do partido (Eduardo Moreira, Paulo Afonso e Casildo Maldaner).  Pediu que interferissem na bancada estadual para votar contra o impachment. Depois, ele foi a Brasília fazer o mesmo pedido aos deputados federais (chegou ontem à tarde e ainda está lá).

Pegou mal.

Os deputados estaduais do MDB não gostaram. Acabou produzindo efeito contário na bancada.

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