A primeira leitura para a migração do vice-prefeito Ricardo Fabris para o PSD foi a perspectiva aberta para o prefeito Clesio Salvaro, PSDB, de finalmente consolidar sua base de apoio na câmara municipal.

Agora pessedista, e depois de uma migração sem traumas (até prova em contrário), Fabris pode ajustar a sintonia dos vereadores do partido com o prefeito e o seu governo.

Porque até hoje, o PSD faz parte do governo apenas na “tese”. Na pratica, a bancada está “solteira”. Sem nenhum compromisso. Na maioria dos projetos polêmicos, tem votado contra o governo.

A outra leitura, feita a partir de ontem, depois do anúncio oficial do jornalista Douglas Nazário na chefia da Secom, é que o prefeito tratou de remontar a sua equipe de gabinete do primeiro mandato.

Além de Douglas, o entorno do prefeito volta a ter Arleu da Silveira (secretário geral), Celito Cardoso (fazenda) e Luiz Selva (licitações).

Um time da sua relação pessoal e confiança absoluta.

Saíram do ambiente próximo do prefeito, Robson Gotuzzo (fazenda), demitido em fevereiro, Gustavo Colle (Secom), remanejado na sexta-feira, e Ricardo Fabris, o vice, que foi deslocado para a “periferia" do núcleo de poder.

Nada de novo

Nenhuma novidade na nomeação de Douglas Nazario. É da relação pessoal com Salvaro, foi secretário de comunicação no primeiro mandato e chefiou a comunicação da sua campanha em 2016. 

Novidade foi Salvaro ter escolhido Gustavo Colle para a Secom em janeiro de 2017 e não ter nomeado Douglas.

Frigideira

Para todos os efeitos, Colle foi remanejado para o Procon em comum acordo, a seu pedido. Foi o que foi dito.

Mas, no Paço é dito que a frigideira já estava com azeite quente

A reação do PSL

O presidente estadual do PSL, vereador Lucas Esmeraldino, de Tubarão, reagiu à intenção de o deputado João Paulo Kleinübing firmar sua candidato ao governo em dobradinha com Jair Bolsonaro, candidato a presidente. Por mensagem, registrou: 

“Com o crescimento do apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro em SC, de acordo com a mídia estadual, alguns pré-candidatos ao Governo Catarinense tentam costurar parceria com o PSL, para dar palanque à Jair Bolsonaro e tentar surfar nesta onda.

Nada esta descartado, mas Jair Bolsonaro e o PSL nacional vem dando carta branca para que o presidente Lucas Esmeraldino juntamente com a executiva, decidam os rumos do partido por aqui, seja para fazer composições ou para vir com chapa puro sangue, portanto não terá interferências do partido nacional no estado”.