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Daniela se vê "atropelada". Não deveria ser assim!

Vice-governadora diz esperar que o estado esteja em "melhores mãos" com interino
Por Adelor Lessa 31/08/2022 - 17:09 Atualizado em 31/08/2022 - 17:32

Vice não é cargo de confiança, e seu titular não é subalterno.

Daniela Reinehr, vice-governadora, foi eleita junto com Carlos Moisés, governador.

Daniela chegou ali por indicação partidária, assim como Moisés.

Na campanha, os dois "puxaram" votos para a chapa. São sócios da vitória.

Governador e vice podem ter rompidos pessoal e politicamente, mas os cargos e as relações institucionais devem ser preservados.

Não é adequado o que aconteceu hoje.

Daniela estava em Blumenau, quando recebeu comunicado que deveria estar em Florianópolis em menos de 1 hora para transmissão de cargo.

Primeiro, só se tivesse um avião à disposição para chegar em tempo.

Depois, nenhuma conversa prévia foi feita. Nem para pelo menos tentar combinar dia e hora.

Daniela não assumiria o governo porque é candidata a deputada federal e ficaria inelegível.

Moisés sabe disso e quer dar posse ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Moacir Sopelsa, aliado político.

Mas, a relação institucional (e respeitosa) deveria ser preservada. É de bom tom.

No frigir dos ovos, Daniela se viu "atropelada" e registrou insatisfação em nota oficial.

Tudo poderia ser feito sem quebrar ovos.

Abaixo, a nota da Vice-Governadora:

"Estou no interior do Estado e esta manhã fui surpreendida com um SGPE (sistema de gestão de processos eletrônicos do governo), que marcou para as 10h de hoje, os atos de transmissão do Governo do Estado. Considerando o total desrespeito pessoal e institucional do governador para com a vice-governadora; a inexistência de qualquer conversa prévia comigo sobre o assunto; e que há tratativas amplamente divulgadas pela imprensa do pacto do governador Carlos Moisés com o MDB, seu sempre aliado, com objetivo também de impedir que eu assuma efetivamente o governo, pois ele retornaria à frente do executivo logo depois de se licenciar, buscando além disso inviabilizar o processo eleitoral. Assim comunico aos catarinenses que não entrarei nos acordos do atual governador Carlos Moisés, e que pedi meu licenciamento do cargo de vice-governadora nesta manhã em razão da legislação eleitoral. Enviei resposta ao ofício da Casa Civil, pedindo as providências necessárias junto aos órgãos competentes.
Lamento profundamente, mas não tenho qualquer ingerência na forma como este processo está sendo conduzido e espero, que neste período, Santa Catarina esteja em melhores mãos".

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