A semana termina com dois candidatos a prefeito de Criciúma na eleição de 2016 encaminhando troca de partido. Fabio Brizola se desfiliou ontem do PT, deve assinar no PSB nos próximos dias. Márcio Burigo definirá hoje à noite os detalhes de sua filiação no DEM, vai sair do PP.

Márcio terá reunião em Criciúma com o vice-presidente estadual do DEM, Americo Faria, e os coordenadores regionais Giovani Felipe e Enio Rosa, para acertar detalhes da sua filiação. Deverá ser organizado um ato com a presença do presidente da câmara federal, deputado Rodrigo Maia, ou do senador Ronaldo Caiado, ambos do DEM.

Os dois devem disputar a eleição de 2018. Márcio prepara candidatura a deputado estadual e Brizola deve ser candidato a deputado federal.

Os dois saíram da eleição de 2016 em condições diferentes. Brizola ganhou politicamente, mesmo com a derrota eleitoral. Repetiu o bom desempenho da eleição suplementar de 2013, com boa capacidade de comunicação.

Márcio, ao contrário, saiu derrotado. As circunstâncias em torno da sua briga política com Clesio Salvaro foram trágicas para ele. 

Os dois buscam novos rumos. Vão tentar refazer as suas vidas na política.

Brizola estava no PT, mas não tem a cara de PT. Anda mais neste momento em que o partido está se reduzindo aos petistas tradicionais, ideológicos. Ele estava deslocado.

No PSB, além da candidatura a deputado federal, dobrando com o deputado estadual Cleiton Salvaro, ele tem indicativo que poderá ser o nome do partido para prefeito ou vice em 2020.

Marcio começou na política pela Arena, depois PDS, foi fundador do PP, dirigente e manteve o partido em muitos momentos. Foi vice-prefeito e prefeito de 2009 a 2016. Mas, não teve o apoio que esperava em momentos importantes (e delicados). Os seus projetos foram bloqueados.

Como ex-prefeito, deveria ser ao menos consultado sobre 2018 ou 2020. Não foi.

No DEM, vai ter a oportunidade de construir espaço próprio e se firmar como liderança na política da região. Será candidato único do partido a deputado estadual em todo o sul.

O seu principal patrimônio é a imagem de homem de bem. Mesmo com a derrota acachapante na eleição de 2016, não sofreu abalo quanto a probidade.