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A influência da eliminação na Copa na definição de chapas para eleição

Por Adelor Lessa 07/07/2018 - 08:49 Atualizado em 07/07/2018 - 09:42

Sem Copa para o Brasil, as atenções se voltam para o processo político. É pé no acelerador nas conversações, negociações, articulações, para fechamento de alianças e montagem de chapas.

O prazo legal para as convenções definitivas passará a ser contado a partir do dia 20.

Esperidião Amin, PP, “peça chave” para montagem do quadro da eleição, quer definir o seu caminho na próxima semana.

A partir dele, as coisas se acomodam. Por eliminação, exclusão, adequação, ou por conveniência.

Esperidião estava nesta sexta-feira no norte do estado, junto com o presidente estadual do PP, Silvio Dreveck. Assistiram juntos o jogo do Brasil em Canoinhas.

Vão se reunir com Gelson Merisio, PSD, durante o fim de semana.

A intenção é convencer Merisio que Amin tem maior densidade eleitoral, pode “juntar" mais num eventual segundo turno, e tem condições de fazer aliança mais ampla no primeiro turno.

Mas, sabem que Merisio resiste. Porque ele também entende que pode fechar aliança ampla no primeiro turno (ja tem praticamente 10 partidos fechados), que pode crescer durante a campanha porque é “novidade" e polariza com o MDB.

Enfim, não será fácil de um convencer o outro. As posições estão muito firmes. Mas, os dois lados sabem que uma aliança consolida perspectiva real de vitória.

Três desfechos possíveis. 

O primeiro - Amin abre mão da candidatura ao governo, vai para o senado, Merisio é confirmado candidato com o apoio do PP.

Neste caso, o PSDB deve ter candidato, talvez com chapa pura, ou compor com o MDB (já esteve mais próximo).

O segundo - Merisio abre mão, passa a ser vice de Amin.

Pode ser fechada uma aliança maior, com a inclusão do PSDB. Hoje, a rigor, só Amin pode fazer isso, já que Merisio “descartou" composição com o PSDB.

Se isso for feito, consolida uma composição com reais possibilidade de vitoria.

O terceiro desfecho - Merisio confirma candidatura, Amin também.

Neste caso, o PSDB pode compor com Amin, passando a apoiar a sua candidatura, indicar vice e senador de sua chapa.

Ou, o PSDB também pode confirmar chapa, e aí teríamos uma eleição aberta, quebrando provavelmente a bipolarização.

 

Os vínculos

Os deputados estaduais do PP acendem velas para todos os santos para que se entendam Amin e Merisio, PP e PSD, que a aliança seja confirmada, e que os dois estejam na chapa.

Se dependesse apenas deles, encaminharam pela candidatura de Merisio ao governo, com Amin para o senado.

Porque se relacionam com Merisio na Assembléia faz muito tempo, operam juntos, repassam e recebem apoios. 

Eles já estavam fechadíssimos com Merisio quando Amin se lançou.

Agora, estão com os pés em duas canoas.

Sabem que Amin é forte e querem estar com ele. Mas, tem compromisso e relação próxima com Merisio.

 

No outro lado

Mauro Mariani, MDB, tem operado politicamente ao melhor estilo “mineiro”. Sem fazer barulho. Discreto. Sem deixar nada vazar.

Mas, conversa com quase todo mudo. Menos PP e PSD.

Com o PSDB, mantêm conversas permanentes. Tem acordo encaminhado com  Jorginho Mello, PR, provável candidato ao senado.

Na segunda-feira, durante reunião da executiva estadual do MDB, vai pedir autorização formal para negociar alianças.

 

Vice do sul

O PT deve ser o primeiro a fechar sua chapa. Provavelmente, toda petista.

O ex-prefeito de Araranguá, Sandro Maciel, está cotado para ser candidato a vice.

Os dirigentes estão “empolgados" com os números do candidato ao governo, Decio Lima, nas pesquisas.

Apostam que ele pode “surpreender" ou seu apoio pode decidir o segundo turno.

 

O fato novo

Uma novidade foi “ensaiada" durante a semana. Uma composição entre Rede e PC do B.

Rogerio Portanova, Rede, e o deputado Cesar Valduga, Pc do B, se reuniram. Falaram em compor chapa. Mas, nada ficou definido. E nada descartado.

 

Eleita 

A professora Regina Vanderlinde, de Braço do Norte, foi eleita nesta sexta feira, em Paris, presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.

Ela é professor de biotecnologia da Universidade de Caxias do Sul.

A Organização é quem define os padrões internacionais para a produção de vinhos e derivados da uva.

Regina é formada em farmácia, bioquímica e tecnologia de alimentos pela UFSC. Tem mestrado e doutorado pela Universidade de Bordeaux, na França, e trabalha na Organização Internacional da Vinha e do Vinho desde 2011.

 

É preciso discutir

A polêmica do bairro Pio Correia, principal assunto da semana, deixa a dica - é preciso estar preparado para discutir, convencer, contraditar, ser questionado. Todos.

Sejam técnicos e autoridades do poder público, ou representantes da comunidade. Ou, apenas pagadores de impostos. Com espirito desarmado.

Quem está seguro das suas posições, e opiniões, por que não discutir?

E quem tem duvida, está intrigado, preocupado, por que não tem o direito de discutir, e questionar?

Evidente que tudo deve ser feito com respeito.

Mas, na discussão feita no Pio Correia antes, durante e depois da assembléia, não teve ofensa, ou agressão a quem quer seja.

O que teve foi a reação de quem foi pego de surpresa com algo que poderia alterar radicalmente o ambiente em que vive. Ninguém aceita isso com facilidade. Passivamente. Nem deve.

A reação no Pio Correia foi mais ou menos com na Vila Selinger, quando foi anunciada uma estação de tratamento de esgoto seria construída lá.

E isso poderia representar o mal cheio, a “catinga”, que vinha atormentado os moradores da Santa Luzia.

E o prefeito Salvaro se posicionou a favor dos moradores. Entendendo que o governo do estado deveria ouvi-los, dar explicações e esclarecer, até ajustar a sintonia.

Por que não pode fazer o mesmo com o Pio Correia?

E por que agora decidir não fazer mais nada no Pio Correia? Nem o que já estava encaminhado!

Punição, ou represália, para quem pedia explicações? Por que não foi cordato?

Hoje o Pio Correia tem congestionamentos em vários horários durante a semana por causa da circulação de 2 mil alunos dos dois colégios (um privado, outro público).

Nada foi dito que o problema será resolvido. O receio é que fique pior. 

Também por isso os moradores se mobilizaram. E não foi coisa de meia dúzia. Tinha muita gente.

  

Duas "vias rápidas"

A perda de receita da região de Criciúma do ano 2000 para cá, apurada por técnicos da Amrec, daria para construir duas Vias Rápidas e praticamente refazer a rodovia Jorge Lacerda.

Só em 2017 foram r$ 30 milhões. Foi o pior período. Mas, se considerar uma perda media/ano de r$ 15 milhões dá um total de r$ 255 milhões. 

Esses números devem ficar martelando na cabeça dos gestores e formadores de opinião de Criciúma, cidade polo do sul.

Porque reverter este quadro é uma necessidade.

Os mais simplistas argumentam que Itajaí foi o município que mais cresceu na receita/arrecadação por causa do porto. O oeste do estado, por causa do agronegócio. E é isso mesmo.

O problema é que a região não tem hoje um “segmento puxador” da economia. Como foi o carvão em outros tempos, ou a cerâmica.

 

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