Dependência tecnológica, segurança jurídica e o papel da indústria frente a um cenário internacional, foram assuntos abordados no evento "Visão Geopolítica do Amanhã", promovido pela Federeção das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), nessa terça-feira (01) na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O diálogo reuniu lideranças industriais e empresariais para discutir os efeitos das transformações globais na economia e na competitividade regional.
Conforme o presidente da Fiesc, Mario Cezar Filho, é urgente que Santa Catarina compreenda seu posicionamento. "Somos um estado que produz mais do que consome. Nós temos que melhorar a nossa infraestrutura e a nossa produtividade, nesse quesito, a logística vai ser o fator determinante para que o estado não perca a competitividade", destacou.
O foco do evento foi uma análise dos atuais desdobramentos globais, feito pelo economista e diplomata, Marcos Troyjo, palestrante da noite. "Os choque geopolíticos afetam diretamente as decisões econômicas. Hoje, questões como segurança, abastecimento e estabilidade poesam tanto quanto o custo na hora de escolher onde investir", explicou.
Novo investimento para a região Sul
Durante o encontro, o presidente aproveitou para apresentar um novo investimento do sistema Fiesc em Criciúma: a construção de uma moderna unidade do SENAI, com capacidade para 5 mil matrículas por ano e cerca de 13 mil m² de área construída. "Estamos fazendo um investimento de R$ 90 milhões que contempla não só a edificação, mas também o equipamento de ponta. A nova estrutura oferecerá formação profissional em áreas como cerâmica, metalmecânico, vestuário, construção civil, indústria 4.0 e tecnologia da informação", detalhou Mário.
O evento marcou também a última visita oficial do presidente da Fiesc ao Sul catarinense, Mário Cezar de Aguiar encerra a sua gestão em agosto deste ano. Em entrevista, Mário também comentou sobre a necessidade de uma solução para o gargalo no trecho do Morro dos Cavalos, ouça na íntegra: