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Um ano de esperança

Por João Nassif 27/07/2020 - 12:05

Thiago Ávila *

Há quatro anos, a MotoGP só viu um cara ganhar. Esse cara é Marc Márquez, um jovem de 27 anos que em sete anos na principal categoria de motocicletas, foi campeão seis vezes. O único “anti-Márquez” nessas temporadas extremamente vitoriosas e dominantes detinha o nome de Jorge Lorenzo. O espanhol faturou o título de 2015, quando sua Yamaha era superior a Honda de Marc. 

Mas desde lá, Lorenzo caiu no ostracismo, tendo maus resultados na Ducati e sendo inclusive humilhado pelo próprio Márquez ano passado na Honda. O tricampeão repentinamente anunciou sua aposentadoria.

Fábio Quartararo

Nesse período, o hexacampeão foi encontrando novos rivais. Andrea Dovizioso, Maverick Viñales... Mas nenhum destes foram habilidosos suficientes para chegar aos pés de Márquez.

Mas se Valentino Rossi teve Lorenzo como seu ‘anti-Rossi’, sendo este também tendo Márquez como seu antídoto, o atual rei da MotoGP também pode ser batido. Estamos de olho na temporada de esperança para os que torcem contra, ou para mim, que detesto hegemonias. 

Marc levou um tombo na estreia da temporada em Jerez, e fraturou o braço direito, dando espaço para o jovem Fabio Quartararo, de 21 anos, faturar duas vitórias e largar com uma vantagem de 50 pontos em relação ao atual campeão. 

Poderemos estar vendo no único piloto do grid a quebrar a hegemonia de Márquez, e da mesma maneira que este chegou na MotoGP, jovem e colocando os mais experientes como meros adversários.

Em seu ano de estreia, em 2019, Quartararo foi, ao lado de Viñales, a única ameaça ao hexacampeão, sendo o segundo piloto com mais poles na temporada. Mas Márquez foi absurdo, e conquistou 18 pódios em 19 corridas (só não foram 19 em 19, porque caiu nos Estados Unidos).

Este ano poderia ser mais um ano tranquilo para o espanhol, mas o improvável virou bem possível. Além da enorme distância, a temporada deve ser curta, então não há muito tempo para se recuperar. E na fase que se encontra o francês da SRT – a equipe satélite da Yamaha – Márquez terá que, além de se recuperar da lesão, ser ainda mais imbatível que em 2019.

Acredito que até que enfim a MotoGP encontrou o ‘anti-Márquez’ que Lorenzo, Dovizioso e Viñales tentaram ser. Mas ao mesmo tempo não acredito que este é o fim da era Márquez. Pelo contrário, é o início de uma das maiores rivalidades da história da categoria, o experiente contra o promissor, o Hamilton x Verstappen da motovelocidade: Márquez x Quartararo.

* Jornalista

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