A todo momento quando encontro torcedores do Criciúma e sou questionado por eles a respeito do time, tenho repetido, para não ir muito atrás, desde o início da temporada minha resposta é sempre a mesma: “TÁ FEIO”.
Incrível, mas desde os primeiros jogos do ano o time não tem estrutura tática, padrão de jogo e somente conseguiu vencer adversários que foram rebaixados no estadual e quem não tinha mais ambição no campeonato. O Criciúma nas últimas rodadas jogou a vida para não despencar para a segunda divisão do catarinense.
Mesmo com a vinda do técnico Argel Fucks, desejada por todos, inclusive pelo blogueiro, que pelo seu perfil foi no grito e contratou alguns velhos conhecidos já rodados no futebol brasileiro para salvar o clube da tragédia. Cumpriu bem o dever prometido logo na sua primeira entrevista. “Vim para livrar o time”, disse o técnico.
Mas, e agora? Com dois meses no comando Argel não conseguiu dar um mínimo de padrão ao time. Claro que falta qualidade individual, mas mesmo assim é possível organizar uma equipe desde que se trabalhe as características de cada jogador em favor do coletivo.
O que tenho visto até agora é a indefectível bola parada. Recurso muito usado pelo mundo, mas o problema é que no Criciúma tem sido a única alternativa para chegar ao gol e conseguir bons resultados. É pouco e numa série B por mínima que seja a qualidade, sem um padrão por mais modesto, certamente a luta será para escapar da degola.
O problema é tão visível que o próprio torcedor não acredita numa campanha digna da própria história do clube. Depois da barulheira durante a semana com festa, shows, carreata, mobilização e tudo que o Robson Izidro pode fazer para encher o Heriberto Hülse na estreia em casa, o público foi ridículo, mas nos padrões atuais, afinal o torcedor é muito mais inteligente do pensam os dirigentes.
Fica aqui o alerta, ou contrata e agregue qualidade ou o torcedor continuará distante para não sofrer com tamanha incompetência. Espero um dia mudar minha resposta aos torcedores que angustiados perguntam sobre o futuro do time.