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O futuro da Fórmula 1

Apenas um brasileiro
Por João Nassif 26/11/2018 - 09:50

Thiago Ávila *

A temporada da F1 se encerrou nesse final de semana em Abu Dhabi, mas além de fazer o encerramento dessa temporada que já estava praticamente toda definida, tivemos a coroação do título para George Russell na Formula 2.

Uma temporada muito interessante, com novo regulamento, chassi novo, novas promessas, um ano que rendeu diversos nomes fortes para pipocarem em alguns assentos na F1 nos próximos anos.

Vamos começar falando do campeão, George Russell, que depois de ter tido problemas nas primeiras corridas, reverteu a situação logo e fez uma temporada a lá Leclerc, venceu sete das 24 corridas disputadas e foi rei de pole positions, com cinco conquistadas ao todo. Como piloto do programa júnior da Mercedes, garantiu vaga na Williams no próximo ano e é um nome fortíssimo para ser o próximo número 2 da poderosa equipe alemã.

Outro que já tem vaga na F1 é Lando Norris, o britânico vice-campeão da Carlin, que empolgou muito com seu hat-trick (pole, vitória e volta mais rápida) logo na primeira corrida do Bahrein, e que mesmo não obtendo mais vitórias, não teve queda de rendimento. Assinou com a McLaren para 2019 depois de Vandoorne pedir para sair por problemas pessoais. Não foi lá uma temporada desejada pelo britânico, já que só conseguiu uma vitória, mas manteve uma constância fundamental que o fez por merecer uma vaga na segunda equipe mais vitoriosa da F1.

Alexander Albon é um tailandês com uma história muito bonita nas categorias de base. Correndo com pouco investimento, foi vice-campeão da GP3 de 2016, ficando atrás apenas de Charles Leclerc (sempre ele, e com muito mérito) e vencendo inclusive Antonio Fuoco, o italiano queridinho da Ferrari. Chegou junto com o monegasco para a F2, mas no carro mediano da ART Grand Prix. Para 2018 foi contratado para uma temporada inteira pela a DAMS, uma das equipes mais tradicionais da F2, conquistou quatro vitórias e por pouco não foi vice-campeão. Com a belíssima temporada tem dois caminhos ótimos para seguir: continuar na DAMS pela Formula-E ou assinar com a Toro Rosso na F1.

Tirando esses três que já estarão ou poderão estar na F1, vamos aos outros nomes de destaque que, querendo ou não, merecem estar na categoria mais forte nos próximos anos. Começamos com Artem Markelov, russo de 24 anos, com cinco temporadas consecutivas na F2, e somando oito vitórias nessas duas últimas temporadas. Correndo numa equipe mais fraca como a Russian Time, ele foi quinto colocado na temporada. Fora isso, tem investimento, e pode muito bem aparecer em algum assento nas próximas temporadas da categoria máxima do automobilismo.

Sérgio Sette Camara

Está faltando brasileiro na lista? Não tem problema. Sérgio Sette Camara (que inclusive é filho do presidente do Atlético-MG) estreou na F2 no ano passado pela fraquíssima MP Motorsport, mas já este ano correndo ao lado de Lando Norris na Carlin, fez uma ótima temporada, ajudando a equipe a se sagrar campeão da categoria. Pelo ótimo desempenho e o bom relacionamento com o companheiro, foi contratado para piloto de testes da McLaren e é o brasileiro mais próximo para ingressar na F1.

Por fim, vamos a Luca Ghiotto, outro já experiente na F2, com passagens por equipes de pouco investimento na categoria, mas sempre se destacando com ótimos resultados, inclusive o pódio em Abu Dhabi nesse fim de semana. Correndo pela Campos Racing, um dos carros com o pior equipamento do grid, foi o oitavo lugar na classificação final. Não parece ter futuro na F1, mas tem vaga em qualquer categoria, talentosíssimo!

Infelizmente o ano acabou, corridas agora só em março, haja tempo...

Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS

 

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