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Movimentada, mas o resultado sempre o mesmo

O imbatível Lewis Hamilton
Por João Nassif 30/08/2020 - 18:41 Atualizado em 30/08/2020 - 18:41

Thiago Ávila *

A Formula 1 chegou à Spa-Francorchamps neste final de semana, para a sétima corrida da temporada. Uma pista extremamente veloz e com uma curva das mais perigosas do mundo. A Eau Rouge é um longo ‘S’ em uma subida de morro, ultrapassar ali é praticamente ‘pedir para se acidentar’. 

Por todo o final de semana, muitas homenagens foram feitas a Anthoine Hubert, piloto da F2 que faleceu no ano passado em um acidente que se envolveu com Juan Manuel Correa, nesse trecho da pista. Leclerc inclusive venceu sua primeira vitória na Formula 1 ano passado na Bélgica, e a dedicou ao piloto, com quem era muito próximo.

Mas, o show tem que continuar, e quem fez isso foi Lewis Hamilton – que na verdade vem dando espetáculo atrás de outro sem piedade. O britânico foi pole com uma margem de cinco segundos de vantagem para Valtteri Bottas. 1:41.7 e 1:41.2 foram as duas voltas cravadas na última sessão de classificação. Para se ter uma ideia, o tempo final do companheiro não passa nem o pior de Lewis.

Repetindo o feito do treino, Hamilton também foi absoluto na corrida: liderou de ponta a ponta sem nenhuma ameaça do finlandês. No final ainda sofreu um pouco do desgaste dos pneus duros, que não parecia ser tão grave quanto em Silverstone, mas que incomodou os três primeiros durante boa parte da prova.

Quem parecia não estar desconfortável era Daniel Ricciardo. Quarto colocado praticamente toda a corrida, vinha andando num ritmo muito próximo – e às vezes até melhor – dos líderes. Tanto que na última volta, de pneus duros, ainda conseguiu fazer a volta mais rápida. Não me pergunte como um piloto com compostos duros de 32 voltas rodadas conseguiu fazer a volta mais rápida. Isso é praticamente impossível na Formula 1 atual, tanto que geralmente as equipes optam por uma parada mais, para colocar pneus macios e voar nas últimas voltas. O australiano fez totalmente o oposto!

Mas o piloto do dia não foi Hamilton, nem Ricciardo... Foi Pierre Gasly. O francês foi o piloto com mais ultrapassagens na corrida. Começando na largada, de pneus duros, pulou de 12º para 8º - com direito a ultrapassagem na Eau Rouge sobre Pérez -, atrás de Stroll, Ocon, Albon e Ricciardo. A estratégia de Gasly com os compostos mais resistentes tinha futuro, era um dos pilotos mais rápidos da pista e logo chegaria a brigar por posições mais acima. Mas aí veio o Safety Car causado pelas batidas de Giovinazzi e Russell, e sua estratégia foi para o ralo.

Todos pararam no box, com exceção de Pierre e Sergio Pérez, o que jogou ambos para 4º e 5º. Pérez vinha de pneus macios, então parecia estranho não ter seguido os outros, já que o composto não duraria muito mais tempo. Já o francês não tinha outra escolha a não ser ficar na pista e manter seu plano de colocar os médios na metade da prova.

 

O problema é que isso comprometeu demais sua prova, caiu para último e dali fez seu show. Tinha um ritmo tão bom quanto o de Hamilton, tirava praticamente dois segundos de todo o resto do grid e não importava a distância do rival a frente, passava em uma ou duas voltas. Foram 9 posições ganhas em 18 voltas, terminando em 8º. Com o ritmo que tinha, facilmente estaria brigando com as Renault e Albon se não tivesse o SC.

Esse foi o movimentado GP da Bélgica, que de movimentado foi só do quarto para trás, porque os três primeiros foram sempre os mesmos: Hamilton, Bottas e Verstappen.

Lewis segue mais líder ainda com 157 pontos, seguido de Max com 110 e Valtteri com 107. A Formula 1 volta semana que vem no histórico circuito de Monza.

* Jornalista

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