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Fórmula-E, a que mais cresce

Buemi peca, Wehrlein bate na trave, mas quem voa mesmo é Sam Bird
Por João Nassif 28/01/2019 - 12:01

Thiago Ávila *

Voltamos para o último final de semana de janeiro com mais uma etapa da Formula-E, a principal categoria de carros elétricos, a que mais cresce no mundo e, talvez, a mais competitiva, já que praticamente todos os carros tem condições bem parelhas para disputar uma vitória.

Dessa vez chegamos a Santiago, no Chile. Um dos traçados mais complicados de se guiar, com duas curvas muito fechadas “à lá Canadá” e uma chicane, nas curvas 9 e 10, tão estreita que não passa mais de um carro. Nos treinos livres, muita gente acertou o muro, mas já na classificação, zero acidentes.

Depois de mais de um ano, o brasileiro Lucas Di Grassi voltou a fazer uma pole position, seguido de Buemi, Pascal Wehrlein – fazendo a segunda corrida na categoria – Daniel Abt e Sam Bird, fechando o top-5. Já os líderes do campeonato e grandes favoritos ao título, Jean-Éric Vergne, António Félix da Costa e Jerome d’Ambrosio, mal chegaram aos dez primeiros.

Horas antes da corrida começar, a FIA informou que Lucas havia perdido a pole position por infringir uma regra nova ainda na primeira parte do treino. De acordo com o regulamento, o piloto, em sua volta aos boxes, deve usar o sistema de recuperação de energia da mesma proporção que em suas voltas rápidas. “Uma regra estúpida”, segundo o brasileiro, que foi obrigado a largar em último.

Na largada, Bird passa Abt e fica atrás apenas de Wehrlein e Buemi. Por incrível que pareça, os carros alinhados conseguem passar ileso pela chicane, um piloto com um pouco menos experiente – ou um Pastor Maldonado – já teria acertado o muro e feito uma fila de vítimas. Na terceira volta, Wehrlein sai um pouco do traçado e pega o modo ataque – que dá um pouco mais de potência ao carro – e acaba perdendo posição para Bird.

A corrida é marcada também por diversos acidentes, envolvendo principalmente pilotos mais “tiozões” na categoria, como Vergne, Di Grassi e Félix da Costa, o que trouxe diversas vezes a bandeira amarela em toda a pista. Na frente Buemi liderava, com Bird e Wehrlein colados atrás. Há quinze minutos do fim, após conseguir passar pela chicane, o suíço encontra o muro, perde o bico e a proteção das rodas. A volta às vitórias desde 2017 do piloto da Nissan vai por água abaixo.

Sem Buemi, sobrara apenas o “passarinho” e Pascal Wehrlein. E logo depois que a relargada é liberada o alemão da Mahindra pega o modo ataque e parte para cima do inglês. Faltando três minutos para o fim a diferença dos dois é quase nula. Ao final do modo ataque, o trem de força da Audi falou mais alto e mesmo com menos bateria que o adversário, Sam Bird levou a vitória.

Com 43 pontos, o inglês pula para a liderança do campeonato, dois pontos na frente de d’Ambrosio, que é seguido por Félix da Costa, Vergne e Robin Frinjs, empatados com 28. Na classificação das equipes, a Virgin, equipe de Bird, assume a ponta com 72 pontos, seguido da Mahindra com 59 e a Techeetah com 47. A Formula-E volta dia 16 de fevereiro na Cidade do México.

* Estudante de jornalismo da PUC-RS


 

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