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A maldição do sétimo título?

Por João Nassif 16/11/2020 - 14:13

Thiago Ávila *

Nesse final de semana, Lewis Hamilton se igualou a Michael Schumacher ao alcançar a marca de sete títulos mundiais. Não só isso, ambos conquistaram o hepta em condições muito parecidas, com marcas quase idênticas, dignas de gênios do esporte, mas que também pode significar uma coisa: o fim está próximo.

Schumacher e Hamilton

Schumacher nasceu em janeiro de 1969, em 2004 tinha seus 35 anos. Estava na Ferrari, disparado o melhor carro da temporada e da geração. Juntamente com a F2002, é considerado um dos carros mais dominantes da história da Fórmula 1, foram 15 vitórias em 18 corridas. Dessas 15, 13 foram do alemão e duas de Rubens Barrichello, que apesar de ter sido um bom piloto – basta olhar seus resultados na Stewart e Jordan – nunca chegou perto do nível de Schumi.

O heptacampeão conquistou seu título na 14ª etapa da temporada, a quatro rodadas do fim. Na briga pela segunda colocação, Barrichello disputou com Jenson Button, piloto da BAR-Honda, e acabou na frente formando a dobradinha de Maranello.

Hamilton nasceu em janeiro de 1985, atualmente com 35 anos de idade. Corre na Mercedes, disparado o melhor carro da temporada e da geração. Há sete anos, a Mercedes vive um domínio sólido, e em 2020, ela levou 12 das 14 corridas disputadas até agora. Dessas 12, 10 foram do britânico e duas foram de Valtteri Bottas, que apesar de ser um bom piloto – basta ver seu ótimo desempenho na época de Williams – nunca chegou perto do nível de Lewis.

O agora heptacampeão conquistou o título na 14ª etapa da temporada, a três rodadas do fim – mas se fosse quatro ainda sim já estaria campeão. A briga pela segunda colocação está entre Bottas e Max Verstappen, piloto da Red Bull, que usa motores Honda.

Que coincidência, não é mesmo? O problema vem após o sétimo título. Em 2005, a Ferrari passou por um péssimo ano, com muitos problemas dos pneus Bridgestone, e Schumi acabou com apenas uma vitória – no GP dos EUA, onde apenas seis carros competiram – e em terceiro no campeonato. Em 2006, brigou diretamente com Alonso pelo octa e acabou perdendo em Interlagos por 13 pontos, e enfim anunciou sua aposentadoria.

Seria essa a maldição do hepta? Será que Hamilton vai parar por aí? O que se acredita é que os alemães vão continuar extremamente competitivos e entregarão um carro veloz para o britânico, ainda mais com o congelamento do regulamento para 2021. Se bem que a expectativa para Schumi em 2005 era a mesma... Veremos.

* Jornalista
 

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