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Como sobrevivem os produtores de cachaça em meio a pandemia

Por Archimedes Naspolini Filho 08/07/2020 - 09:18

Diariamente, em jejum, bebo o suco de um limão, recomendação que um médico fez aqui na nossa emissora, faz algum tempo.

Também diariamente, antes de almoçar, bebo um pequeno cálice de cachaça e disto todo mundo sabe porque, sempre que posso, manifesto o meu gosto por essa bebida brasileira. Como todas as pessoas civilizadas, tenho procurado sair o mínimo possível de casa, nestes tempos de pandemia, sempre usando máscara.

Pode até não haver relação nenhuma entre o beber o suco de um limão, beber um traguinho de cachaça antes do almoço, sair de casa o mínimo possível e usar máscara sempre, mas, somo isso tudo para afirmar que, partícipe do grupo de risco mais visado pelo coronavirus, tenho sido e quero continuar imune a essa praga.

Em meio à crise que estamos vivendo, a pessoa, o empresário, o empreendedor que não for esperto e souber criar alternativas para não sucumbir, certamente ficará na estrada, vendo a frota passar.

E eu falava comigo mesmo e me perguntava: como será que estão se virando os nossos alambiqueiros que vivem da de comercialização da cachaça?

Daí, recebo, pelas redes sociais, uma notícia da Associação Catarinense de Produtores de Cachaça e Aguardente de Qualidade, assinada pelo seu presidente, Leandro Batista de Melo Silveira, aqui de Criciúma, revelando as iniciativas da entidade direcionadas às preocupações que acabo de expor. E valho-me de tais informações para afirmar que Santa Catarina é um estado com uma produção bastante consistente de cachaças e aguardentes e que, entre as aqui produzidas, há marcas que se sustentam muito bem, a exemplo de Spézia, Wruck e Bylaardt, de Luiz Alves, e Moendão, de Gaspar. Algumas estimativas indicam um volume de 6 milhões de litros anuais produzidos entre as serras escarpadas e o belo litoral barriga-verde.

Mas, claro, nossos coestaduanos também foram afetados pela pandemia. Justamente por serem fortes no mercado local, cuja principal base são os bares praianos, voltados em boa parte para o hoje paralisado turismo, as cachaças de Santa Catarina foram atingidas ainda com mais força que as de outros estados.

“Os bares fechados, especialmente no nosso litoral, levaram a uma grande dificuldade”, conta Leandro, “mas a gente não pode deixar que o medo supere a esperança”, acrescenta.
Por isso, os catarinenses criaram o Campo ao copo, uma plataforma para venda das cachaças catarinenses, além de outros produtos nos quais o estado se destaca, como as cervejas e os vinhos.

“É uma nova ordem social. E com ela uma mudança drástica na forma como nos comunicamos. Na web surgem novos e velhos negócios. Ou você se conecta ou está fora do mercado”, diz Leandro, que comanda a iniciativa.

Pela loja virtual já é possível encomendar e receber, em casa, em qualquer lugar do país, uma boa variedade de produtos. E, entre as nossas cachaças, as caninhas catarinenses, a oferta é farta, de todas as regiões do estado, como a Aretusa, a Bylaardt, a Borguezan, a Cafundó da Serra, a Casa Petro, a Cachaça Do Conde, a Moendão, a Pinoco, a Xanadu, a Sacca, Multidrink, Spézia, Saint Ludger, Imigrante, Giusepi, Wruck, Refazenda, Imperador, Tessarollo e Fogo da Cana, dentre outras.

Licores, kits especiais e até barris também fazem parte do cardápio. Dá até para comprar um alambique pela internet, se você quiser – mas é melhor deixar a tarefa de produzir para quem sabe, e se concentrar em beber, com moderação.

E o transporte? Lemos Mudanças, claro! Não vamos confiar um produto tão bem elaborado e de tanta qualidade a mãos desconhecidas. O transporte será feito pela Lemos Mudança que oferece, inclusive, o Self Storage, um box personalizado para a guarda de barrís desse precioso líquido, além de móveis e utensílios, livros, quinquilharias, com seguro contra pragas e outras avarias. Mudança? Lemos Mudanças.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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