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Calma, ministro Celso de Mello!

Por Archimedes Naspolini Filho 18/05/2020 - 10:50 Atualizado em 18/05/2020 - 10:51

Permita que, in primo loco, eu envie meus sinceros cumprimentos ao ex comandante do 28 GAC, Coronel de Artilharia Marcio Cesar Ribas Cerqueira, que conhecemos como Coronel Ribas, o qual, por Portaria do Comandante do Exército Nacional, foi designado para exercer o cargo de Adido de Defesa Naval, do Exército e da Aeronáutica, junto à representação diplomática do Brasil nos Estados Unidos Mexicanos, na cidade do México. Para o Coronel Ribas, os sinceros cumprimentos deste comentarista.

Dito isto, digo-te, também:
quando reclamo que já ultrapassei a casa dos 77 anos, sou acarinhado por terceiros que me asseguram: idoso, sim, mas muito mais sabedoria, muito mais experiência, muito mais capacidade de discernimento. E eu até concordo. Se é verdade que o tempo nos deixa velhos e murchos, também é verdade que o tempo nos acumula com muita experiência e, geralmente, com mais sabedoria.
E isto eu esperava do ministro decano da suprema corte de Justiça da República brasileira.
O respeitável ministro Celso de Mello, o mais antigo do Supremo, poderia ter evitado algumas expressões quando determinou a três ministros do governo, todos ex-militares, para que fossem depor no inquérito que investiga se o presidente Bolsonaro tentou aparelhar, politicamente, a Polícia Federal. No seu despacho, Celso de Mello – é o meu entendimento – foi até grosseiro quando determinou a oitiva de tais ministros, usando a expressão “debaixo de vara”, como quem diz: se não vierem por bem, virão à força, debaixo de vara.
Calma, Dr. Celso: o senhor está falando com três ministros de Estado que, coincidentemente, são generais do Exército embora na reserva. E o senhor sabe, mais do que nós todos juntos, que - para alcançar as estrelas do generalato - há todo um caminho a ser percorrido, sem qualquer favorecimento político -  e em tal patente não cabem incompetentes. Ali, está o coroamento de uma vida de estudos e pesquisas, de comando e de obediência. Em última análise, três defensores da nação brasileira em adjetivos que podemos catalogar no superlativo.
“Debaixo de vara”, senhor ministro Celso Mello?
O senhor escrever uma grosseria desta? Mas logo a generais das nossas gloriosas Forças Armadas?
Afinal de contas, senhor ministro Celso de Mello, sua ordem busca a harmonia entre os poderes ou o senhor é advogado do “quanto pior melhor”?
Sinceramente, os brasileiros não esperávamos uma expressão tão baixa daquele que é o mais antigo ocupante de cadeira da mais alta corte de justiça tupiniquim.

Agora, há o seguinte: com todos esses tropeços e provocações, devemos continuar acreditando nas instituições democráticas, na obediência à Constituição Federal e no regime democrático. Nem que seja “debaixo de vara”.
E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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