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As pragas de ontem e de hoje

Por Archimedes Naspolini Filho 26/06/2020 - 09:20 Atualizado em 26/06/2020 - 09:21

Esta história está relatada na bíblia. O Senhor escolheu Moisés para liderar a saída do povo hebreu do Egito, onde era escravizado. Moisés era hebreu, mas havia sido criado pela filha de faraó, que o encontrou ainda bebê, boiando num cesto, dentro do rio. Durante o processo de insistência de Moisés junto ao faraó para que deixasse o povo partir, o Senhor enviou dez sinais — dez pragas —, com o objetivo de mostrar ao faraó a Sua soberania e que o Deus a quem Moisés e seu povo serviam, era um Deus que ama a liberdade.

Guardadas as proporções e equivalências, estamos vivendo duas dessas pragas, concomitantemente, se é que podemos comparar as 10 pragas do Egito, ao tempo de Moisés às duas pragas que assolam a humanidade no momento.

Lá tivemos as rãs, os mosquitos e as moscas. Se houve infestação de pererecas por aí, ninguém contou, mas moscas e mosquitos! 

Também não tomamos conhecimento de que algum rio tivesse suas águas transformadas em sangue, mas todos conhecemos o estrago que o Homem produz poluindo nossos córregos e rios mundo afora. Aqui mesmo, dois exemplos gritantes: o Rio Criciúma e o Rio Mãe Luzia.

Uma chuva de pedras, granizo, certamente, destruiu a vida animal irracional e toda a vegetação depois de uma galopante e gigantesca praga de úlceras que só alcançava aos egípcios.

Depois vieram os gafanhotos e a televisão está nos mostrando, agora, últimos dias de junho de 2020, o que é uma avalanche desse inseto. Essa teria sido a oitava das dez pragas que se abateram sobre o soberano Egito com as quais Deus se vingava do Faraó que não permitia a saída do seu povo, os hebreus.

Faltam as pragas das Trevas e da Morte dos Primogênitos. Delas nem quero falar.

Mas essa dos gafanhotos me transporta ao final dos anos 1940, início dos da década de 1950, não posso precisar, quando uma onda de gafanhotos varreu Criciúma de ponta a ponta. Ali no meu condado, Bairro Archimedes Naspolini, temos uma visão privilegiada e extensa da Serra Geral e me lembro, embora de tenra idade, que todos fomos despertados a fixar o olhar em direção ao costão serrano para presenciar uma nuvem que, rasteira, ondulava de um lado para outro, como se viesse de Nova Veneza em nossa direção. Não levou tempo e a nuvem chegou ao Bairro encontrando a todos devidamente recolhidos em suas casas. Horas depois acompanhei meu pai e meus irmãos mais velhos à roça de milho que havia aos fundos de nossa casa: não sobrou absolutamente nada. Esse inseto é de uma voracidade imensurável e de uma velocidade inimaginável.

Parece, todavia, que essa encrenca passará à distância, enquanto a praga do corona intensifica e temos mais é que fazer o que determinam as autoridades sanitárias: ficar em casa.

Falei das 10 pragas do Egito, apenas para, didaticamente, lembrar que são pragas demais para o nosso povo já tão sofrido! O Faraó cansou de perseguir e permitiu o traslado dos hebreus que, por ato de Moisés, abrindo o Mar Vermelho, se dirigiu – finalmente - à Terra Prometida. 

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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