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As dificuldades para quem utiliza as calçadas de Criciúma

Por Archimedes Naspolini Filho 30/06/2020 - 11:47 Atualizado em 30/06/2020 - 12:01

Eleições, em primeiro turno, dia 15 de novembro. Como já foi, em pleitos passados. Era dia 3 de outubro, passou para 30 de novembro, houve uma a 15 de novembro e assim caminha a nossa combalida República. 4 de outubro, 15 de novembro, faz pouca diferença. O que o povo quer, mesmo, é saber dos candidatos: quem sê-lo-á em cada agremiação ou grupo de agremiações. Quais serão os nomes postos à nossa opção da escolha. Evidentemente que, junto ao nome, a plataforma de seu possível governo.

Eu gostaria de conhecer um candidato potencial à cadeira de Marcos Rovaris que dissesse à cidade: serei o prefeito das calçadas. Minha administração, se o povo me quiser como prefeito, será calçada na calçada, no passeio público, no conforto e segurança do pedestre e nas ciclovias. Muito se fala em mobilidade urbana, viadutos, elevados, pavimentação, asfalto. Se observarmos, tudo voltado para o automóvel, para o veículo automotor. Um elevado, com certeza, encurtará distâncias ao mesmo tempo em que oferecerá um belo visual ao sistema viário local. Viadutos e passagens de nível, também. São intervenções que o poder público executa buscando dar praticidade à mobilidade automotora da cidade.

Tais intervenções, necessárias, com certeza, oneram o erário público com vultosas somas que, na maioria das vezes, precisa de injeção de empréstimos para comportar tais dispêndios. E, se for empréstimo, haverá de ser pago e quem pagará seremos nós. Não obstante o sacrifício, ao fim do processo terá valido a pena. A soma de tais equipamentos, se construídos, contribuirá – com certeza – para a qualidade de vida dos habitantes do município.

Mas há um setor que, com custos bem menos volumosos, dará resposta imediata ao bem estar do contribuinte: são as calçadas. As decantadas calçadas que os administradores teimosamente insistem em fazer vistas grossas à sua necessidade. Calçadas que, teimosamente, o administrador público não obriga o contribuinte a construir. Essa obrigação, nossa, está inserida no contexto do nosso Código de Posturas e penaliza quem não a construir. Só que, ao poder público, 
compete a fiscalização e o chamamento à obrigação de fazê-la.

Elege-se o automóvel em primeiro plano e tudo é feito para o automóvel. E as calçadas, para o pedestre...

Quando executadas não obedecem a um padrão predeterminado, até porque não há padrão a ser seguido. Não raras vezes, o são em desnível. Há, até, algumas que fazem degraus. Noutras a presença de rampas para o acesso de automóvel. Em todas, a presença de postes de rede de energia elétrica, hastes para placas de sinalização, prismas de publicidade comercial, lixeiras e vai por aí afora. Ah, e com ou sem guias para os deficientes visuais. Coitados! A cada bengalada um obstáculo.

E aí entra o ciclista. Este ao sair de casa tem presente o itinerário a ser cumprido até alcançar o seu destino mas lhe falece a certeza de que a ele chegará porque as armadilhas do trânsito, a todo instante, conspiram contra sua segurança.
Evidentemente que cada cidade tem suas peculiaridades. Tem seus costumes. Tem sua cultura. Mas calçadas bem feitas para pedestre possuem a mesma linguagem em mega cidade, em médias cidades, em micro cidades. Com uma diferença: numas a lei é cumprida e as calçadas bem feitas. Noutras, vale tudo e a lei que se exploda!

Concluo confessando que já não tenho mais obrigação de votar, mas espero não morrer sem presenciar um candidato prometendo ações duras nessa direção e calçando seu governo na construção de calçadas, e ciclovias.
E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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