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A corrupção ao longo da história

Por Archimedes Naspolini Filho 09/07/2020 - 09:16

Fui presenteado com um comentário que fiz há 13 anos. Foi no dia 31 de maio de 2007. O ouvinte guardou e ontem me presenteou, com uma cópia. O comentário foi este:

“Os escândalos invadem nosso ambiente de trabalho, nossas residências, nossas praças... Não se fala noutra coisa.

E sempre se ouve uma pergunta: sempre se roubou assim, deslavadamente?

A resposta é positiva. Sim, sempre houve corrupção!

Quando Dom João VI, num gesto de covardia, fugia de Portugal sob a ameaça de invasão pelas tropas napoleônicas, determinou a um de seus asseclas para que relacionasse aqueles que deveriam acompanha-lo ao Brasil. E o funcionário saiu de caderno em punho fazendo a seleção: alguns, naturalmente convidados, haja vista o que representavam para a Corte.

Mas outros, tantos outros, só tinham seus nomes relacionados depois do pagamento de alguma propina. Todos queriam fugir de Napoleão!

Aquela gente toda – 10.000 ao total – chegou à Bahia e ao Rio de Janeiro e, se já não houvesse corrupção nas capitanias, a dita cuja se fez presente para nunca mais se ausentar.
E continuou, com mais ou com menos ênfase, infestando todos os governos: desde os primeiro e segundo impérios, à República - tão adjetivada - desde 1889.

A diferença é que hoje a imprensa abre a boca desmesuradamente. 

Pior: o avanço da tecnologia, os meios altamente sofisticados de comunicação, a internet – que acabou com a nossa privacidade – contribuem sobremaneira para que as falcatruas sejam desnudadas e apresentadas ao mundo, como está ocorrendo atualmente.

Microfones de tamanho minúsculo, câmeras de filmagem do tamanho de um botton, telefone celular que ouve, fotografa e filma. Computadores e redes sociais que se encarregam da difusão. 

E os casos são tantos que o do mês passado já foi esquecido porque apareceu o do corrente mês. E o tempo nem é medido em ano, nem em meses, é em dia. Todo dia um escândalo abafa o anterior.

Agora há o seguinte: a falcatrua, o roubo do dinheiro público, o suborno, essa rede incontrolável de comprar privilégios não são defeitos do brasileiro, nem do Brasil, em todas as esferas de governo: o da União, o dos Estados e o dos municípios. 

A corrupção é um rio caudaloso que não se deixa influenciar pelas cheias da maré e está presente em todo o globo terrestre.

Em alguns países a descoberta penaliza o infrator com o decepar de suas mãos; noutros, a forca o espera; nuns terceiros, a prisão simples, mas sem regalias. No Japão, note só o prezado ouvinte, o envolvimento de qualquer executivo público em ato de corrupção faz com que ele próprio tire sua vida, se suicide, num gesto extremo de desmesurada vergonha.

Bom, se tais práticas tivéssemos por cá, não haveria prisão suficiente, muita gente seria maneta, faltaria madeira para construir forcas e cadafalsos, colarinhos brancos se tornariam trapos amarelados nos presídios e muitas viúvas de executivos públicos chorando sua viuvez.

E isso que me foi trazido agora, pronunciado por mim há 13 anos, é relido, agora, porque o lamaçal da corrupção ainda não foi extirpado da vida nacional, especialmente quando nos é transmitida a informação de que governantes inescrupulosos se aproveitam da pandemia do coronavirus pra meter a mão nos dinheiros públicos. Até dinheiro destinado à bibliotecas públicas foi surrupiado”.

E por falar em biblioteca, no momento que a nossa universidade, a Unesc, precisou transportar o acervo bibliográfico de sua biblioteca para outro prédio, não vacilou: chamou a Lemos Mudança. Livros merecem cuidado especial e a Lemos foi buscada porque dá cuidado especial em tudo o que transporta. Aqueles animais empalhados, do nosso museu de anatomia, foram todos transportados pela Lemos Mudanças. A Unesc sabe das coisas. Mudanças é com a Lemos Mudanças.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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